No ano de 1953, Egon Schaeffer tinha 17 anos e resolveu fazer o curso de piloto para cumprir seu dever com a pátria, ficando dispensado de passar um ano servindo no quartel. O curso, que normalmente durava seis meses, ele fez em apenas três. E passou com louvor. Pouco depois ele foi visitar sua namorada Judith que havia se mudado para Santa Catarina. Ele fez o vôo sozinho, sem co-piloto, e tendo de pousar num potreiro, já que na cidade em que estava Judith não havia aeroporto.
E olha que o Aeroclube de Santo Ângelo, onde Egon fez o curso e obteve a licença para pilotar (chamada de brevê) contava com um dos maiores e mais competentes instrutores de vôo que o Brasil já teve: Egídio Flach.
Egídio é o homem que aparece na foto com o braço levantado. Ele
Egon Brevetado no dia do banho de óleo do seu vôo solo,estava ajoelhado sob intensa chuva em 1953.Ao lado direito o instrttor Egidio Flach e Ronaldo o irmão com capa e capvz de chuva.À esquerda Wilma Schaeffer a mãe orgulhosa.Local Aeroclube de Santo Ângelo.
Egídio Flach
O piloto Egydio Pedro Flach, um dos pioneiros e responsáveis pela consolidação da aviação civil no Estado, faleceu aos 93 anos, na tarde desta quinta-feira, dia 10, em Porto Alegre.
Presidente do Aeroclube de Santo Ângelo em duas gestões, Flach atuou durante cinco décadas como instrutor, somando mais de 40 mil horas de vôo e formando milhares de pilotos profissionais que abasteceram as companhias aéreas do Brasil e do Exterior. Posteriormente, foi nomeado checador de pilotos pelo Ministério da Aeronáutica.
Pelo trabalho realizado na aviação, Flach recebeu, em 1991, a Medalha Mérito Santos Dumont, a mais importante condecoração do Ministério da Aeronáutica. O reconhecimento foi uma homenagem por qualificar o Aeroclube de Santo Ângelo.
Durante os 14 anos que presidiu a escola de aviação, o aeroclube foi um dos poucos no Estado a conquistar a Categoria "A" concedida pelo Departamento de Aviação Civil (DAC) a aeroclubes com administração profissionalizada e qualidade na formação de pilotos.
Em sua gestão no Aeroclube de Santo Ângelo, Flach também comprou três aviões para a entidade, dois importados dos Estados Unidos e um montado em São Paulo, além de garantir três aeronaves de treinamento cedidas pelo DAC.
Em 2005, foi homenageado pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre com o Troféu Honra ao Mérito.
Nascido em Cerro Largo, o comandante Flach tornou-se Cidadão Honorário de Santo Ângelo em setembro de 1986, também em função do trabalho desenvolvido à frente da formação de pilotos.
AGILIDADE E DESTREZA
Flach começou a carreira como piloto da Companhia Nacional da Aviação, levando aviões de treinamento, os chamados Paulistinhas, para os aeroclubes mais distantes em todo o país.
No Natal de 1955, o Papai Noel em Santo Ângelo veio do céu, mas para isso contou com a ajuda do piloto Flach, que trouxe o bom velhinho a bordo de um avião. Para ficar perto da população, pousou na avenida Brasil.
Sua agilidade e destreza também ajudaram a salvar vidas. Na década de 50, Santo Ângelo precisava com urgência de vacina contra raiva, para imunizar crianças. Para trazer o medicamento a tempo, o comandante Flach cruzou os céus do Estado, desviando do mau tempo e chegou a passar uma madrugada dentro do avião, no meio do campo, esperando o amanhecer para seguir viagem. O esforço valeu. As crianças foram salvas.
FAMÍLIA
Flach faleceu às 14 horas desta quinta no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, vítima de pneumonia. Deixa a mulher, Zenita, e os filhos Marcantônio (piloto de linha aérea), Marcelo (jornalista) e Marconi (administrador de empresas).
A cerimônia fúnebre será às 11 horas desta sexta-feira, dia 11, no Crematório Metropolitano, em Porto Alegre.
Flach começou a carreira como piloto da Companhia Nacional da Aviação, levando aviões de treinamento, os chamados Paulistinhas, para os aeroclubes mais distantes em todo o país.
No Natal de 1955, o Papai Noel em Santo Ângelo veio do céu, mas para isso contou com a ajuda do piloto Flach, que trouxe o bom velhinho a bordo de um avião. Para ficar perto da população, pousou na avenida Brasil.
Sua agilidade e destreza também ajudaram a salvar vidas. Na década de 50, Santo Ângelo precisava com urgência de vacina contra raiva, para imunizar crianças. Para trazer o medicamento a tempo, o comandante Flach cruzou os céus do Estado, desviando do mau tempo e chegou a passar uma madrugada dentro do avião, no meio do campo, esperando o amanhecer para seguir viagem. O esforço valeu. As crianças foram salvas.
FAMÍLIA
Flach faleceu às 14 horas desta quinta no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, vítima de pneumonia. Deixa a mulher, Zenita, e os filhos Marcantônio (piloto de linha aérea), Marcelo (jornalista) e Marconi (administrador de empresas).
A cerimônia fúnebre será às 11 horas desta sexta-feira, dia 11, no Crematório Metropolitano, em Porto Alegre.
Notícia publicada no jornal A Tribuna, de Santo Ângelo, em 11 de março de 2011
Foto do acervo de Egon Schaeffer
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