terça-feira, 18 de março de 2014

3805 - Adroaldo Rodrigues da Silva

Adroaldo Rodrigues da Silva: a curiosidade resultou em morte



Ex-Secretário Municipal de Administração, filho de Luceval Rodrigues da Silva, Adroaldo morreu aos trinta anos de idade, quando lançou-se ao mar para escapar à agressão de um grupo de moralistas extremados.

Adroaldo Rodrigues da Silva estava ainda no começo da sua existência. Solteiro, cheio de ideais e sonhos românticos.

Adroaldo e um casal de amigos de São Leopoldo estavam curtindo férias em Florianópolis. Na última sexta-feira, eles resolveram visitar a praia da Galheta, localizada na costa leste da ilha. No local se reuniam alguns jovens mais ousados para a prática do nudismo. Chegando ao local encontraram um pequeno grupo de rapazes que, de fato, tomavam banho de sol e mar com seus corpos nus e se associaram ao grupo.

Por volta das 5 horas da tarde, um grupo de cinco homens, liderado por um ex-soldado da PM e integrado ainda por um PM da ativa e mais um tenente aposentado da mesma corporação, irrompeu no local agredindo os cerca de 15 rapazes que lá se encontravam no momento. Adroaldo que se encontrava no mar, tratou de nadar para o fundo uma vez que era ameaçado também de agressão. Adroaldo acabou por afogar-se, o que, segundo uma testemunha, ocorreu de forma rápida sem possibilidade de salvamento.

Adroaldo estava sempre à procura de novos horizontes, novas experiências e sensações. Inclinação que o atraiu para aquela praia onde algumas pessoas ousavam algo diferente. Sempre há, entretanto os que não aceitam os que pensam diferente e tratam de hostilizá-los, como aquele grupo de agressores que acabou ocasionando a morte deste jovem caiense.
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Matéria publicada pelo jornal Fato Novo na sua edição de 15 de março de 1983

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