segunda-feira, 14 de abril de 2014

3898 - Balaca, o navegante: o charque lavado

Gasolina carregada com lenha, para vender em Porto Alegre


Por um tempo, Balaca foi responsável pela cozinha do barco. “A comida precisava ser forte para a tripulação aguentar o serviço”, explica. Como não havia geladeira na embarcação, o charque era a melhor opção para ter carne. “Eu enfiava um anzol grande na manta de charque e arrastava pela água. Quando recolhia já estava sem nenhum sal, e era só lavar e fazer a comida”, conta Balaca.

Além do charque, o almoço e janta eram reforçados por arroz, feijão e lingüiça. O que sobrava seria consumido no café da manhã. “De manhã eu fazia um feijão mexido com as sobras da janta, meio pão d'água (na época cada pão pesava meio quilo) e linguiça fervida”, relata o ex-cozinheiro. Era, sem dúvida, um reforço e tanto na alimentação dos homens que, ao longo do dia, se dedicavam a um trabalho de muito esforço físico, levando e trazendo mercadorias pelo Rio Caí.


Matéria de J B Cardoso publicada pelo jornal Fato Novo em 11 de abril de 2014


Nenhum comentário:

Postar um comentário