terça-feira, 6 de maio de 2014

3974 - O Caí, e o mundo, contra a farra do boi

Caienses se mobilizaram para acabar com a crueldade que era praticada
contra os animais, em Santa Catarina
 Na coluna anterior comentei sobre a campanha promovida pela antiga Caa-y Associação ecológica no ano de 1989 contra a Farra do boi, que acontecia todos os anos principalmente durante a Semana Santa no litoral catarinense. Uma tradição trazida pelos Portugueses da Ilha dos Açores na qual consiste em praticar todo o tipo de crueldade contra o animal. Conforme a “tradição” o boi representa Judas o traidor de Jesus Cristo. Detalhei a crueza praticada durante as farras muitas delas incentivadas por políticos que distribuíam os animais a população em troca de votos. O objetivo do nosso protesto era alertar o Brasil, mas acabou alertando o mundo.
 

  A foto mostra a chegada da Caa-y na av. Borges de Medeiros, centro de Porto Alegre, local marcado para a concentração da manifestação pacifica contra a Farra do boi. Já estavam concentrados representantes das ONGs defensoras dos direitos dos animais de Santa Maria, Erechim, Rio Grande, Porto Alegre e Santa Catarina. Egon Schneck prefeito da época cedeu o micro-ônibus da prefeitura aos integrantes da Caa-y e seus familiares, e demais interessados pela causa. 

O evento foi divulgado através da RBS TV, Jornal Nacional e dos mais importantes jornais e canais de televisão do planeta Terra. Vieram cartas de apoio de celebridades do mundo inteiro. Entre elas: Paul MacCartney, Brigite Bardot e Sting. Da Índia (lá a vaca é considerada um animal sagrado) recebemos uma ligação telefônica, em espanhol, da Organização Internacional dos Direitos dos Animais saudando nossa campanha e nos comunicando sobre o protesto da ONG enviada ao governo de Santa Catarina. 

A caminhada composta por populares, muitas famílias com crianças, celebridades das artes plásticas, da música, teatro, cinema, televisão, personalidades destacadas no setor da educação e dezenas de ONGs ambientalistas do estado, terminou no Palácio Piratini e Cúria Metropolitana. 

A intenção era de entregar em mãos ao governador Pedro Simon nosso manifesto no sentido de solicitar ao governador de Santa Catarina a proibição da farra do boi. Simon não apareceu, mandou o vice em seu lugar. Não é por acaso que a fama dele na vida política é de ficar em cima do muro. 

O bispo Dom Cláudio Colling além de não ter se levantado de seu “trono” para dar as boas vindas, nos recepcionou com piadinhas sem graça. A omissão desses dois, não fez falta na campanha. O governo catarinense pressionado pelos protestos mundiais providenciou a proibição da Farra do boi. Portanto, VITÓRIA para os animais.

Texto de Leatrice Piovesan

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