sexta-feira, 4 de julho de 2014

4204 - História do Vale Real 1


Daniel Hillebrand, que era médico, foi um dos primeiros imigrantes alemães chegados a São Leopoldo na década de 1820. Foi nomeado diretor da colônia e exerceu essa função, por várias décadas, com grande dignidade, contribuindo muito para o sucesso da colonização alemã na região dos vale do Sinos e Caí. Um dos grandes serviços que ele prestou à colonização alemã foi o registro minucioso dos colonos que chegaram a São Leopoldo e se estabeleceram na Colônia de São Leopoldo.
Quando aconteceu a Revolução Farroupilha, Hillebrand tornou-se comandante militar lutando contra os farroupilhas, por fidelidade ao imperador Dom Pedro II. Os alemães eram gratos ao governo imperial, que os trouxeram da Europa empobrecida pelas guerras napoleônicas e lhes deu terras para explorar e manter suas famílias.
Em 1945, quando a revolução terminou, aqueles que foram fiéis ao império foram prestigiados e recompensados. Entre eles, o pastor e professor Johanes Weber, de Dois Irmãos, que foi um destacado líder na luta contra os farrapos. Quando Johannes veio para o Brasil, em 1929, veio com ele o seu genro Pedro Schmidt e supõe-se que foi graças ao prestígio de Johannes que Pedro ganhou do governo uma grande área de terras vizinha à Picada Feliz (origem da atual cidade de Feliz).
O padre caiense Theodor Amstad (nascido na Suíça, em 1851),  escreveu importante  obra em comemoração aos 50 anos da paróquia de São José do Hortêncio, com um levantamento minucioso das famílias que primeiro vieram se estabelecer nas  terras que pertenceram a Pedro Schmidt. Na época, Feliz e Vale Real ainda pertenciam à paróquia de São José do Hortêncio, onde moravam os padres jesuítas que davam assistência aos primeiros colonos.

Foto da publicação Vale Real, editada em dezembro de 1993, pela prefeitura de Vale Real


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