sábado, 12 de julho de 2014

4221 - Calçadão do Cabo Branco pode ser modelo para a avenida Doutor Cassel












O calçadão da avenida da praia do Cabo Branco, em João Pessoa: 
um modelo que poderia ser seguido para a urbanização 
da avenida Doutor Cassel


A estrada Júlio de Castilhos ligava São Leopoldo ao Caí  passando por Portão, Rincão do Cascalho e Conceição. No final de 1950 ela foi asfaltada até o Caí, terminando o asfalto no bairro Vila Rica, mais exatamente, no entroncamento da estrada para São José do Hortêncio. Na década de 1960 as obras de asfaltamento tiveram prosseguimento até chegarem a Bom Princípio, São Vendelino, Farroupilha e Caxias do Sul. Quando foi completado o asfaltamento dessa estrada, ela passou a ser o principal acesso entre Caxias do Sul e Porto Alegre. Através dela, o percurso entre essas cidades tornou-se mais curto do que pela BR-116, a rodovia que passa por Galópolis e Nova Petrópolis, asfaltada no início da década de 1950.
Com a conclusão do asfalto da Júlio de Castilhos (atualmente denominada RS-122) até Caxias, o trânsito nessa rodovia tornou-se muito intenso e com a expansão urbana de São Sebastião do Caí, a RS-122 tornou-se muito perigosa. A rodovia passava dentro da cidade e os acidentes, inclusive atropelamentos, ocorriam com extrema frequência.
Em 2005 foi concluído o novo traçado da rodovia, duplicado e passando pelo outro lado do Morro do Hospital, fora da área urbana. No início  muitos caienses pensaram que esse afastamento da cidade em relação ao forte fluxo  de veículos poderia ser prejudicial. Mas o tempo  demonstrou que a mudança foi boa não apenas para os usuários da rodovia quanto para a cidade e a sua população. O jornal Fato Novo fez intensa  campanha propondo a construção de mais um viaduto nas imediações do Loteamento Popular. A administração  aderiu à ideia, mobilizou-se, e conseguiu a obra, que hoje é vital para a cidade. Também por sugestão do jornal, duas pontes (uma na várzea do arroio Cadeia) e outra no arroio Três Mares, passaram a ser utilizadas como passagem para veículos. Como a cidade tende  a desenvolver-se também  para o outro lado da RS-122, essas quatro passagens de nível deverão ser extremamente úteis para o desenvolvimento urbano caiense.
Quando o novo traçado foi implantado, estava prevista apenas um viaduto, na rua Padre João Wagner/estrada de São José do Hortêncio
Hoje, o antigo traçado da  RS-122 tornou-se uma via urbana: a avenida Doutor Bruno Cassel. Mas só recentemente foi oficializada a transferência do domínio sobre ela do governo estadual para o municipal. A prefeitura pretende implantar passarelas para pedestres e ciclovias nas margens da rodovia. O que é perfeitamente possível, pois a estrada tem largas áreas de domínio público nas suas margens, nas quais é proibida a construção de prédios. 
Indicações dadas pelo diretor de trânsito da prefeitura levaram ao temor de que as passarelas e ciclovias serão construídas sobre os atuais acostamentos da rodovia. O que levaria a um estreitamento da mesma, tornando-a bem mais estreita que as ruas da cidade. Um absurdo, considerando-se o intenso movimento que a avenida tem hoje e terá, mais ainda, no futuro. O que motivou uma severá contestação por parte do jornal Fato Novo.



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