domingo, 10 de agosto de 2014

4646 - Saudade dos pais

Dona Érica, seu Bertoldo e irmãos de Pio Rambo, que não aparece junto porque foi ele que a fez a foto, na década de 1970
A família com o tio Blásio Rambo, também um intelectual importante,
professor e autor de vários livros




Bertoldo Rambo foi contador da Cooperativa de Harmonia. Ele era irmão do padre Balduíno Rambo, cientista, professor, jornalista, ecologista, historiador. Um dos maiores intelectuais gaúchos. Um de seus irmãos, Bertoldo Rambo, foi contador da Cooperativa de Harmonia e viveu naquela cidade, tendo sido conhecido também pelo seu trabalho como fotógrafo. Um dos seus filhos, Pio Rambo, além do trabalho como técnico em eletrônica, é um dos maiores estudiosos do hunsrickisch, a língua alemã falada no Brasil pelos descendentes de imigrantes.
Além de escrever em alemão, Rambo também é um bom escritor em português. É dele o texto abaixo, em que relembra seu pai.

Bons tempos do chimarrão do fim de tarde, da troca de palavras, conhecimentos, vivências e o agregamento do que realmente uma família representa. 
Bons tempos de encontro, onde entre uma leitura, uma ideia, uma história a vida acontecia. Meu pai, em sua inseparável cadeira de preguiça só nos ouvia, a todos, para depois, no fim de tudo, dar sua opinião. 
Cantávamos em várias vozes sob a tutela dele, que cuidava da afinação de cada voz. E isto era muito gratificante. A gente tinha orgulho em acertar o tom. A mãe ficava acompanhando tudo, cheia de orgulho.
A maior lição que aprendi do pai, e que ensinei a meus filhos (sem mencionar o óbvio que é seriedade, honestidade e cordialidade), foi o que ele sempre dizia:
"Não se pode depender de uma fonte só. No verão ela pode secar e a gente pode vir a passar sede."
Ele era polivalente: era contador, fotógrafo, afiador de facas e tesouras, consertava máquinas de costura e relógios, aplicava injeções.
Eu tenho três profissões e meus filhos também tem mais que uma profissão. Exemplo do pai e avô.
Saudades!!!
Meus irmãos Victor e Ane Rambo, dona Érica com a inseparável cuia de chimarrão na mão, meu pai Bertoldo, meu irmão Clóvis Eric e um amigo vizinho, Renato Calsing.


Fotos do acervo de Pio Rambo

Nenhum comentário:

Postar um comentário