domingo, 16 de novembro de 2014

4974 - Casa Klein & Vieira

A Casa Klein & Vieira
Nos anos 1950, Capela de Santana era uma localidade dinâmica e progressista. A fábrica de cordas Arrozeira Brasileira empregava mais de mil funcionários, pagando salários que, mesmo modestos, injetavam dinheiro no comércio local.
Então, floresceu na vila o armazém de Willibaldo Klein. Em certo período, seu armazém foi a casa comercial de maior movimento em todo o município de São Sebastião do Caí. Município que, é bom lembrar, ainda incluía Capela, Portão, São José do Hortêncio, Bom Princípio, São Vendelino, Feliz, Vale Real, Alto Feliz e Linha Nova.
Willibaldo, ou Seu Willi, como era geralmente chamado, era filho do comerciante Jacob Klein, que teve seu armazém na localidade de Costa do Cadeia (nos arrabaldes da sede do município, no primeiro (para quem vem da cidade) prédio que existe depois da ponte de ferro sobre o arroio Cadeia. Ele era casado com Helmi Laux, que nasceu e cresceu, também nos  arredores da cidade do Caí: seus pais eram proprietários da área em que hoje se encontra o Loteamento Laux. O casal teve dois filhos, Ennio e Renato, sendo que Renato nasceu quando Willi e Helmi já moravam na Capela, na parte dos fundos do mesmo prédio do seu armazém.
A foto acima foi feita na década de 1980, mas as características do prédio quase não haviam sido alteradas. Nota-se, pelos telhados, que ele era composto pela junção de três prédios. O mais antigo é o da direita, que ficava na esquina da estrada que levava à fábrica Arrozeira. Os dois outros  foram construídos posteriormente e serviam de depósito para as mercadorias comercializadas no armazém.
Willibaldo Klein era impaciente e desgostou-se com a atividade comercial. Por volta de 1960, vendeu o armazém e transferiu-se para para São Sebastião do Caí, para facilitar ao seu filho Renato o estudo ginasial (este foi matriculado no Ginásio São Sebastião). O filho mais velho, Ennio, estudou no Ginásio São João Batista, de Montenegro, em regime de internato.
Dilon Vieira, que começou a trabalhar no armazém de Willibaldo na década de 1940, foi admitido como sócio no armazém para que Willibaldo ficasse liberado para se dedicar a outros negócios que o agradavam mais, especialmente a acacicultura (plantação de acácia negra), importante riqueza da região naquela época. 


Aspecto do prédio em dezembro de 2011

Foto colorida extraída do Google Earth

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