quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

5058 - O Caí visto do Morro do Hospital

Vista das imediações do hospital: o Caí como era por volta de 1930


O Caí moderno: difícil de fotografar
O morro existente junto ao centro da cidade de São Sebastião do Caí, foi conhecido, na primeira metade do século XX, como Morro do Martim. Uma alusão ao dono de um hotel da cidade, proprietário de uma vasta área de terras que se estendia do centro da cidade até o alto desse morro.
Mais tarde, o mesmo morro passou a ser mais conhecido como Morro da Pedreira, pois ali estava situada a pedreira municipal. Nela ocorriam explosões de dinamite que chamavam muito a atenção do  povo. Naquele tempo não havia TV e até o rádio era raro, os automóveis eram muito poucos e caminhões também. Vivia-se, por isso, num mundo muito mais silencioso do que o de hoje e as explosões de dinamite eram ouvidas a muitos quilômetros de distância.
Além disso a pedreira era bem mais visível pelo fato da encosta do morro, naquela época, não dispor da densa mata hoje existente e, também, pelo fato de haverem poucas construções na cidade, o que permitia melhor visão do paredão da pedreira para quem olhava do centro da cidade.
Ainda nos anos 1980 a visibilidade que os caienses tinham do morro era bem maior do que a atual. Tanto que a prefeitura, por essa época, instalou uma luminária em forma de estrela guia, que era acesa no período do Natal. Hoje, se a estrela fosse recolocada, seria bem menos visível.
Hoje, poucos lembram dos nomes antigos (Morro do Martim e Morro da Pedreira) e o nome mais em voga é o de Morro do Hospital. Isso porque ali foram construídos os grandes prédios do Hospital Sagrada Família.
Seja qual for o nome do morro, ele tem servido de local preferido para a realização das fotos panorâmicas da cidade. Algo que tornou-se difícil, hoje em dia, devido à restauração da arborização nas encostas do morro. Onde antes haviam campos e roças (de milho, cana e aipim, próprios para a alimentação das vacas que, no passado, garantiam  o abastecimento de leite para a cidade), hoje cresceram árvores, na sua maior parte de mato nativo. 
Pior para os fotógrafos.

Fotos do acervo de Mário Glaeser

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