Dar à luz mais de dez filhos era comum até meio século atrás, principalmente entre famílias católicas |
Antigamente, os padres católicos incentivavam a formação de grandes famílias. Até a década de 1980, ainda era forte na igreja a condenação ao uso de métodos anticoncepcionais eficientes, como a pílula.
Os padres jesuítas, que foram muito presentes como párocos no Vale do Caí, eram particularmente apegados a essa orientação. Talvez porque essa ordem tinha, ao menos naquela época, uma visão estratégica que visava a predominância da Igreja Católica sobre as demais. Por isso eram também contrários ao casamento interconfecional (com pessoas de religião diferente. E defendiam, também, a formação de colônias exclusivamente católicas. Não viam com bons olhos a convivência dos seus fiéis com os de outras religiões.
Por isso, formavam-se famílias muito numerosas. Era comum que um casal tivesse de sete filhos para mais e não eram tão incomuns as que tinham mais de dez filhos. Principalmente no caso de famílias católicas.
A foto acima mostra a família de Hermann Graebin, morador da localidade de Bananal, próxima à cidade de Feliz.
Hermann aparece na foto com a esposa e os 14 filhos dele.
Aparentemente, a esposa de Hermann é a senhora que está sentada ao seu lado esquerdo. Mas cabe a dúvida quanto a ser ela a mãe de todos os filhos do patriarca.
Isso porque, nas primeiras décadas do século XX o parto representava um elevado risco de vida para a parturiente. Muitas mulheres morriam ainda jovens, quando davam luz a um filho. Nesses casos, era comum, também, que o marido casasse novamente, até pela necessidade de ter uma nova esposa para cuidar dos seus filhos.
Se dar a luz a um filho representava um grande risco, fazer isso dez vezes era uma empreitada de alto risco.
Essa postagem foi reproduzida no jornal Fato Novo, na coluna Histórias do Vale do Capi, em 14 de marco de 2015, e motivou o chamou a atenção da leitora Regina Kayser, que é professora.
A foto publicada em HISTÓRIAS DO
VALE, no sábado, 14 de março do corrente ano, refere-se ao casal Peter Graebin e Margarida
Gutheil, fotografada em 1912. O casal teve 14 filhos e a família é
evangélica.
Na foto, na fileira de trás,
estão Peter, August, Wilhelm, Johan, Herman, Jacob, Fridolin e Julius. Na
fileira da frente estão Ema, Lídia
(minha avó paterna), Wilhelmine, Margarida e Peter Graebin, Caroline,
Florentine e Amália. Peter Graebin foi
voluntário e lutou na Guerra do Paraguai. Era neto dos imigrantes Joanes Graebin e Maria Bárbara Berger.
Foto do acervo de Felipe Kuhn Braun
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