sábado, 10 de janeiro de 2015

5118 - Proposta para o crescimento do Cluster Agroindstrial de Alimentos do Vale do Caí

Cluster Agroindustrial de Alimentos 
do Vale do Caí
Utilização do rio Cai, Jacuí e Lagoa dos Patos é viável e tem baixo custo de implantação
vai tornar mais competitivos os produtos do cluster


Fruto de boas iniciativas descoordenadas, surgiu no Vale do Caí uma estrutura que desenvolveu a região transformando-a no “Vale da Felicidade”. O suporte econômico desse fenômeno foi a produção de aves e suínos em regime de integração com grandes empresas. Se esse modelo for desenvolvido de  modo planejado, pode alcançar dimensões muito maiores (inclusive em outras regiões) e constituir-se na principal riqueza do estado, aumentando em muito as exportações gaúchas,  assim como a geração de impostos e contribuindo grandemente para a sustentação econômica do governo estadual.
O Vale do Caí é hoje um local onde produtos vegetais, como a soja e o milho, são convertidos  em carne de aves, suínos, bovinos e peixes, além de ovos e produtos lácteos. Isso acontece  através da  criação  de animais criados em confinamento e tratados com ração.
O que se precisa, agora, é conduzir a expansão desse sistema produtivo (cluster) de forma que ele possa desenvolver-se muito mais.
A produção em grande escala e o aprimoramento da infraestrutura reduzirão os custos de produção e tornarão
os produtos do cluster ainda mais competitivo.
O transporte de mercadorias pelo rio Caí e Lagoa dos Patos até o superporto de Rio Grande será um importante fator de redução dos custos. Esse projeto, que deverá iniciar com a implantação  de um terminal hidrorodoferroviário na localidade de Porto Garibaldi, poderá ser ampliado, no futuro, com dois novos terminais hidrorodoviárrios em Montenegro e São Sebastião do Caí.

Construção do superaeroporto de Portão vai reforçar a infraestrutura de transportes do cluster
A América Latina Logística (ALL) deve ser integrada  ao projeto, cabendo a ela ampliar o uso dos trens para o transporte de grãos do norte do estado até o terminal hidrorodiviário de Porto Garibaldi, próximo ao polo petroquímico de Triunfo.
Implantação de grandes fábricas de ração junto à ferrovia e ao terminal hidro-rodo-ferroviário de Porto Garibaldi.
O superaeroporto a ser construído no município de Portão também contribuirá para a diminuição dos custos de exportação. Ainda mais em se tratando de produtos com alto valor agregado, como peixes especiais frescos e pratos prontos feitos com refinamento e um mix variado de opções gastronômicas. No Mato Grosso do Sul, já é significativa a venda de peixes frescos levados de avião para as grandes metrópoles mundiais, que são servidos nos restaurantes no dia seguinte ao da sua pesca.
A produtividade do cluster pode ser desenvolvida através de várias  medidas, tais como:
A implantação de escolas técnicas voltadas para a produção de alimentos e cursos  universitários de engenharia de alimentos e veterinária.
Incentivar a implantação de novos aviários, pocilgas, açudes  (milhares deles), inclusive nos municípios com maior extensão territorial, que são Montenegro, Caí, Capela de Santana e Portão).
Incentivar, igualmente, a expansão de indústrias beneficiadoras de alimentos, como a que pretende se implantar no Caí, dedicada à produção de ovos em pó ou líquido. Atrair uma empresa ou criar cooperativa para o beneficiamento e a comercialização da carne de peixe.
Trens da ALL trazem soja e milho da região produtora para o Vale do Caí
Aproveitamento dos excrementos dos animais criados em cativeiro em biodigestores, para a produção de energia  elétrica.
O que tornará ainda mais rentável e econômica a operação do sistema.
Desenvolvimento da produção de soja e milho na região  dos Campos de Cima da Serra, que fica mais próxima do Vale do Caí do que as  atuais  áreas produtoras desses grãos.
As prefeituras governo estadual e federal têm grande retorno de impostos com a atividade do cluster. Portanto, os lucros gerados pelo sistema resultam em benefícios  para toda a população regional e até as estadual e nacional, já que a maior receita dos governos possibilita melhor atendimento às necessidades da população.

No Cluster Agroindustrial do Vale do Caí, o trigo e o milho
é convertido em  carne de aves e suinos
Tese:
No Brasil é muito mais fácil ser competitivo na produção agropecuária do que nos demais setores da economia, pois o país conta com um diferencial importante a seu favor: a disponibilidade de grandes áreas propícias para a produção agropecuária. O Brasil precisa acumular capital com a exploração do setor primário para, depois, aos poucos, desenvolver a capacidade de produzir com competividade nos demais setores.
O Rio Grande do Sul precisa de uma forma rápida para fazer crescer o PIB estadual.
O incremento do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí pode duplicar ou triplicar a sua capacidade produtiva em cinco anos  e servir de modelo para outros projetos semelhantes no estado.
Esta solução, já testada e aprovada  no Vale do Caí,  poderá transformar O Rio Grande do Sul num dos principais polos mundiais de produção de alimentos.

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