sábado, 17 de fevereiro de 2018

5297 - Adolfo de Alencastro Guimarães

Adolfo de Alencastro Guimarães, caiense, irmão do senador Napoleão Alencastro Guimarães. Ao seu lado, com a mão no queixo, Alzira Vargas

GUIMARÃES, Adolfo de Alencastro
*diplomata; embaixador brasileiro na Itália 1956-1959.

  • Adolfo Cardoso de Alencastro Guimarães nasceu em Porto Alegre no dia 3 de janeiro de 1895, filho do capitão Pedro de Alencastro Guimarães e de Leopoldina Cardoso de Alencastro Guimarães. Seu irmão, Napoleão de Alencastro Guimarães, foi revolucionário em 1930, senador pelo Distrito Federal de 1951 a 1954, ministro do Trabalho de 1954 a 1955 e novamente senador pelo Distrito Federal de 1955 a 1959.
  • Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, no então Distrito Federal, e em novembro de 1917 tornou-se auxiliar de escrita da Inspetoria do Serviço de Profilaxia, sendo designado em julho do ano seguinte para auxiliar o serviço de registro da Diretoria Geral de Saúde Pública. Segundo-escriturário em junho de 1919 e primeiro-escriturário em julho do mesmo ano, foi posto no mês seguinte à disposição da Comissão Sanitária Federal no estado do Rio de Janeiro. A partir de janeiro de 1920 ficou à disposição do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio para servir na Diretoria do Abastecimento. Novamente posto à disposição em dezembro de 1922, dessa vez no gabinete do ministro da Justiça e Negócios Interiores, voltou a sê-lo em setembro do ano seguinte, no Ministério da Guerra, para servir numa junta de alistamento militar.
  • Ingressou na carreira diplomática como terceiro-oficial em novembro de 1926, sendo ainda nesse ano designado para servir na Secretaria do Itamarati. Em 1927 participou da Conferência Parlamentar Internacional de Comércio, reunida no Rio de Janeiro, sendo escolhido em outubro de 1930 auxiliar de gabinete do ministro das Relações Exteriores, Afrânio de Melo Franco (1930-1933), cargo que ocuparia até dezembro de 1933. Promovido a terceiro-secretário em janeiro de 1931 e a segundo-secretário em agosto do mesmo ano, permaneceu na Secretaria do Itamarati, onde serviria até janeiro de 1938. Durante esse período foi designado em fevereiro de 1934 auxiliar de gabinete do ministro interino das Relações Exteriores, Félix de Barros Cavalcanti de Lacerda (1933-1934), exercendo essa mesma função a partir de junho seguinte no gabinete do ministro José Carlos de Macedo Soares (1934-1937). Em janeiro de 1937 tornou-se auxiliar de gabinete do chanceler Mário de Pimentel Brandão, sendo promovido a primeiro-secretário em agosto do mesmo ano.
  • Removido para Buenos Aires em janeiro de 1938, ali atuou como encarregado de negócios de fevereiro a março de 1939. Em maio do ano seguinte foi removido para Washington, onde permaneceu até dezembro de 1943. Ainda nesse mês foi promovido a ministro de segunda-classe e removido para a Secretaria do Itamarati, junto à qual serviria até maio de 1946. Nesse ínterim integrou, em março de 1944, a Comissão de Eficiência do Ministério das Relações Exteriores, sendo designado ainda, em junho do ano seguinte, para chefiar a Divisão de Material e, em janeiro de 1946, para presidir a comissão encarregada do exame, julgamento e demais trâmites das concorrências abertas nesse ano por esse ministério.
  • Em maio de 1946 deixou a Secretaria de Estado, sendo nomeado no mês seguinte cônsul-geral do Brasil em Amsterdã, na Holanda, função que exerceu até dezembro de 1950. De volta à Secretaria em janeiro de 1951, em março foi posto à disposição do Banco do Brasil como elemento de ligação entre este e o Itamarati. Em agosto do mesmo ano presidiu a comissão incumbida de proceder ao estudo da organização, condições, normas e métodos de trabalho das unidades administrativas do ministério, bem como sugerir as medidas que julgasse necessárias à sua racionalização e aperfeiçoamento.
  • Promovido a ministro de primeira classe em setembro de 1951, deixou nesse mesmo mês a Secretaria e, em fevereiro do ano seguinte, passou a integrar o conselho patrimonial da Fundação Visconde de Cabo Frio, presidindo em março a comissão de estudo e planejamento do novo edifício do Itamarati.
  • Nomeado embaixador no México em agosto de 1952, representou o governo brasileiro nas solenidades de posse do presidente da República daquele país, Adolfo Ruiz Cortines, em outubro do mesmo ano. Em janeiro de 1954 deixou a embaixada no México, transferindo-se em seguida para o Rio de Janeiro. Embaixador do Brasil em Viena, na Áustria, de março seguinte a fevereiro de 1956, foi nessa mesma data nomeado para chefiar a embaixada brasileira em Roma, em substituição a Martim Francisco Lafaiete de Andrada. Em setembro do mesmo ano chefiou a delegação brasileira à sessão especial da Food and Agriculture Organization (FAO), realizada em Roma, desempenhando idêntica função de outubro a novembro de 1958, durante a XXIX Sessão do conselho dessa agência filiada ao sistema das Nações Unidas. Em dezembro de 1959 deixou a embaixada em Roma, sendo substituído por Sérgio Correia Afonso da Costa, e foi removido para a Secretaria do Itamarati. Aposentou-se em janeiro de 1960.
  • Faleceu no Rio de Janeiro no dia 21 de novembro de 1976.
  • Era casado com Maria Luzia Moreira Guimarães, com quem teve um filho.
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  • Fundação Getúlio Vargas, CPDOC
  • FONTES: Grande encic. Delta; Jornal do Brasil (22/11/76); MIN. REL. EXT. Anuário (1961); SILVA, H. 1935.


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