Não é incomum o nosso Almanaque Gaúcho receber livros de memórias que contam
histórias familiares e de municípios. Em muitas famílias e cidades, quase sempre tem
alguém que se dedica a visitar o passado, em busca do resgate das origens. Mas,
recentemente, recebemos uma obra diferenciada.
O livro No Hotel da Esquina Verde (368 páginas, Editora São Miguel), de Cynthia
Oderich Trein, é uma joia impressa. A edição esmerada, as fotos antigas escolhidas,
os capítulos breves e bem ilustrados, o texto leve e saboroso são o atestado da qualificação
da autora.
histórias familiares e de municípios. Em muitas famílias e cidades, quase sempre tem
alguém que se dedica a visitar o passado, em busca do resgate das origens. Mas,
recentemente, recebemos uma obra diferenciada.
O livro No Hotel da Esquina Verde (368 páginas, Editora São Miguel), de Cynthia
Oderich Trein, é uma joia impressa. A edição esmerada, as fotos antigas escolhidas,
os capítulos breves e bem ilustrados, o texto leve e saboroso são o atestado da qualificação
da autora.
Cynthia nasceu em São Paulo, em 1962, estudou no Colégio Farroupilha, é bacharel em
Letras pela UFRGS e tem pós-graduação em Estudos de Literatura em Língua Inglesa na
UFSC, em Florianópolis, com bolsa do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Casada
com Miguel Fayet Trein, o casal tem dois filhos: Nora e Guilherme. Cynthia também é
executiva da empresa Jackwal, onde ocupa o cargo de diretora comercial.Felizmente, nos
últimos quatro anos, ela dedicou as horas vagas para pesquisar a história da família e da
antiga cidade de São Sebastião do Caí. Quando começou o trabalho, no qual concretizaria
o sonho de escrever sobre os antepassados, especialmente os Ritter, os Oderich e os Trein,
e sobre o Caí antigo, caiu-lhe nas mãos um livro de recordações, datilografado em alemão,
escrito por sua tia Irene Oderich Hagemeister (1897-1990). Irene queria ser enfermeira,
mas, naquela época, mulheres da sua condição social dedicavam-se apenas ao lar e à
família. Inconformada, ela combatia a depressão escrevendo.
Letras pela UFRGS e tem pós-graduação em Estudos de Literatura em Língua Inglesa na
UFSC, em Florianópolis, com bolsa do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Casada
com Miguel Fayet Trein, o casal tem dois filhos: Nora e Guilherme. Cynthia também é
executiva da empresa Jackwal, onde ocupa o cargo de diretora comercial.Felizmente, nos
últimos quatro anos, ela dedicou as horas vagas para pesquisar a história da família e da
antiga cidade de São Sebastião do Caí. Quando começou o trabalho, no qual concretizaria
o sonho de escrever sobre os antepassados, especialmente os Ritter, os Oderich e os Trein,
e sobre o Caí antigo, caiu-lhe nas mãos um livro de recordações, datilografado em alemão,
escrito por sua tia Irene Oderich Hagemeister (1897-1990). Irene queria ser enfermeira,
mas, naquela época, mulheres da sua condição social dedicavam-se apenas ao lar e à
família. Inconformada, ela combatia a depressão escrevendo.
O texto original, que acabou sendo o foco do
trabalho de Cynthia, revela uma mente inquieta e um olhar perspicaz sobre a condição
feminina no seu tempo. Sua narrativa dos costumes, de fatos que vivenciou na pacata
cidadezinha, é tão divertida quanto dramática, singela e poética.
Seu depoimento sobre o início dos negócios
das famílias de parentes, que ganharia
projeção estadual e nacional, o envolvimento
na política do Estado na Era Vargas e suas
conquistas e frustrações constituem um
valioso material histórico e, principalmente,
de autoconhecimento. Foi Irene que idealizou
e administrou sozinha o primeiro spa do Rio
Grande do Sul, o Kurhotel.
das famílias de parentes, que ganharia
projeção estadual e nacional, o envolvimento
na política do Estado na Era Vargas e suas
conquistas e frustrações constituem um
valioso material histórico e, principalmente,
de autoconhecimento. Foi Irene que idealizou
e administrou sozinha o primeiro spa do Rio
Grande do Sul, o Kurhotel.
Como afirma Cynthia no prefácio da obra: “Pelo seu olhar dos fatos e das pessoas, achei
que valeria a pena o esforço de tentar compartilhar esse pequeno tesouro com aqueles de
nós, descendentes, que estejam buscando o entendimento das nossas origens e da forma
como foram moldados e reforçados os valores das nossas famílias”.
Matéria publicada na coluna Almanaque Gaúcho, do jornal Zero Hora
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