Graças à operosidade e ao nível cultural dos seus primeiros colonizadores, Maratá teve um desenvolvimento rápido e vigoroso. Michael George Mulhall, no seu livro O Rio Grande do Sul e as Colônias Alemãs, escrito em 1871, assim se refere à colônia:
“Maratá também data do mesmo período (1856) e tem este nome devido ao arroio junto ao qual está situada, um afluente do Rio Caí.
As terras em questão foram compradas por Andreas Kochenburger e Pedro Schreiner (em 1855), que as dividiram em 120 lotes e distribuíram entre contemporâneos seus.
A colônia compreende 88 famílias em três picadas ou grupos - Santa Catarina, Santo André e Boa Esperança - com uma população de 560 pessoas.
Há 42 famílias protestantes, 37 católicas e nove mistas. A escola é freqüentada por 70 crianças.
A colônia possui 6 moinhos de farinha de óleo, três destilarias, uma cervejaria, duas atafonas, três carpinteiros, dois sapateiros e três alfaiates, além de duas grandes casas comerciais.
Maratá fica a 30 milhas ao noroeste de São Leopoldo, não muito longe de Porto Guimarães” (antiga denominação da atual cidade de São Sebastião do Caí), “até onde a estrada de ferro de São Leopoldo será provavelmente prolongada.”
Segundo Henke, as primeiras casas comerciais da colônia foram as de Jacob Schmitt e Peter Schreiner. Veio depois a venda de Heinrich Finger.
No Brasil da época, o Catolicismo era a religião oficial e os padres católicos, especialmente os jesuítas, condenavam os casamentos mistos e a mistura de religiões dentro de uma comunidade. Mesmo assim, Maratá se desenvolveu dentro de um espírito de ecumenismo religioso que era raro naquela época.
Nenhum comentário:
Postar um comentário