sexta-feira, 20 de novembro de 2009

648 - Imprevisibilidade e desabastecimento

Fotos: Daniel Fuchs Klein
A subida das águas cria aflição: não se sabe a que nível as águas vão chegar

A maior queixa que se ouve das vítimas da enchente é quanto à sua imprevisibilidade. A elevação do nível do rio depende da chuva que cai em diversos pontos da bacia do rio Caí e da influência que isto tem sobre os arroios que são seus afluentes.
Nesta enchente, por exemplo, o arroio Cadeia parece ter tido influência maior do que na de outras grandes enchentes.
Quando a enchente começa, as pessoas querem saber quanto a água irá subir, para decidir se precisam ou não retirar ou erguer os móveis e os equipamentos elétricos e eletrônicos.
O funcionário municipal Gilberto Laubin tenta fazer tal previsão com base em informações que colhe nas cidades situadas rio acima, como Bom Princípio e Feliz. Desta vez ele percebeu, no final da tarde de domingo, que a enchente seria grande e tratou de transmitir a informação pelos meios disponíveis, inclusive a rádio local. Mas ele não consegue prever qual será exatamente o nível que a água chegará a atingir.
LUZ E ÁGUA
Poderia se dizer que o que não faltou no Caí nestes dias foi água. Mas não foi bem assim. Apesar da enorme quantidade d´água que corria pela cidade em lugares onde não devia, o precioso líquido faltou onde devia: nas torneiras.
Em alguns lugares desde domingo, em outros a partir de segunda-feira, o abastecimento de água foi interrompido em toda a cidade.
Em grande parte do Caí, falhou também o abastecimento de energia elétrica. Na manhã de segunda-feira, a RCC, rádio comunitária da cidade, não pôde fazer cobertura da enchente porque estava fora do ar devido à falta de energia.
Só na tarde de terça-feira o abastecimento de água e luz foi restabelecido em toda a cidade.

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