Foto: Daniel Fuchs Klein
Ruas centrais, como a Coronel Paulino Teixeira, não escapam das inundações Um caminhão da transportadora DAR, de Tupandi, estava estacionado ao lado da fábrica Oderich. O motorista do caminhão, Paulo Egevarth (de Salvador do Sul) chegou ao local com seu automóvel por volta de uma e meia da madrugada. Como ele teria de esperar no local, foi dormir dentro da cabine do caminhão. Acordou duas horas depois com o veículo totalmente cercado pela água, sem condições de sair. O automóvel de Paulo foi coberto pela enchente.
Mas quem mais sofreu, certamente, foi a população.
Muitas famílias perderam seus móveis e eletrodomésticos. Algumas tiveram as próprias casas destruidas.
No início da rua 13 de Maio, duas casas humildes, nas quais moravam seu Antônio e o filho conhecido como Peninha, foram levadas pela correnteza e só não desapareceram no rio porque ficaram presas em árvores algumas dezenas de metros adiante.
Cerca de 400 pessoas tiveram de ser levadas para o abrigo oferecido pela prefeitura nos ginásios esportivos do Parque Centenário. E um número muito maior de famílias mudaram-se para as residências de familiares e amigos.
O que não se justifica é que um transtorno como este seja aceito como inevitável.
Com o progresso da engenharia e da organização social na nossa região, já é tempo dos municípios do Vale do Caí encararem o problema de frente e buscarem uma solução para ele.
Ocorreu até mesmo a morte de um homem doente que não pode ser assistido devidamente.
E o Caí é, certamente, a cidade da região que mais sofre com as enchentes.
Não se pode esperar que o rio deixe de encher quando ocorrem chuvas tão intensas como as do último domingo. E também não se pode mudar a cidade para outro local. Mas o problema pode ser minimizado evitando-se as construções em terrenos muito baixos e fazendo construções adequadas nos terrenos que são atingidos apenas pelas grandes enchentes. É necessário recuperar e proteger a vegetação nas margens do rio e dos seus afluentes. E fazer a dragagem periódica do leito do rio também pode ajudar. É preciso ouvir técnicos especializados e fazer um trabalho sério neste sentido.
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