ARTES – A VOCAÇÃO CULTURAL DE MONTENEGRO – 2ª PARTE
TEATRO E MÚSICA
Na década de 1920 até 1936, destacaram-se as atividades teatrais musicais de amadores, com destaque para a Grande Orquestra Sinfônica Gustavo Jahn, de longa e marcante atuação, aqui e no Estado com a participação de notáveis instrumentistas de piano, violino, violoncelo, flauta e instrumentos de sopro, - todos amadores e elementos de nossa sociedade.
Na Sociedade Germânia, depois Clube Riograndense, realizavam-se inesquecíveis concertos da orquestra sinfônica do imigrante e maestro Gustavo Jahn.
OS ALEGRES PIQUENIQUES DA ÉPOCA
À época, era comum as famílias de Montenegro fazerem alegres excursões de barco às margens do rio Caí, como nos lindos capões da Fazenda Paquete, da prestigiada família Kroeff.
Fretavam um dos vapores ou barcos da linha fluvial Montenegro a Porto Alegre, levavam gostosos lanches, bebidas e uma das muitas bandas de música que havia para acompanhá-los, passando um dia inteiro de alegre convívio com a natureza.
Ao retornarem, já quase noite, seguiam cantando pelas ruas da cidade, com a banda de música à frente, executando belas melodias no alegre desfile musical.
AS BANDAS DE MÚSICA DE MONTENEGRO
Na última década passada do século passado (1890-1899) havia duas bandas de música de grande sucesso, regidas, respectivamente pelos maestros Abel Z. da Paixão e Antônio Kroeff.
A partir de 1900, havia bandas de maestros como José Rodrigues da Silva e Getúlio Paixão, e conjuntos musicais com jovens da sociedade local, entre os quais Antônio Machado Rosa, Luiz Andrade Júnior, Artur Machado, Bento Inácio de Oliveira, Januário Fernandes, Augusto Gomes dos Santos, Galdino, Tristão e José Hipólito da Silva, José Gomes dos Santos, Pompeu da Silva Leal, Franklin da Silva, Eduardo J. da Silva e muitos outros. Mais tarde destacou-se muito o maestro Gustavo Koetz.
ANIMAÇÃO DE FESTAS
As inúmeras bandas de música estavam sempre presentes, uma ou outra nas festividades populares, comemorações cívicas, solenidades religiosas, aniversários, recepções e casamentos, bem como nas tradicionais corridas de cavalo no antigo prado da Rua Capitão Porfírio.
Aos domingos, uma delas dava concerto num coreto existente no local onde se encontra a velha Usina Municipal, à beira do rio Caí.
Havia, também, parques e caramanchões com bancos e mesas, onde os músicos locais de reuniam para alegrar o ambiente.
Eram comuns, ainda, as tradicionais serenatas nas madrugadas, principalmente aos sábados, sempre muito bem recebidas pelas famílias e, notadamente pelas donzelas da casa.
Em resumo, havia música por toda à parte de Montenegro, por amor à arte.
As festividades esportivas eram, também, uma festa de canto orfeônico e. de música, atividades muito desenvolvidas à época.
Portanto, já em 1887 Montenegro se apresentava como um grande centro cultural do Estado.
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