sábado, 14 de agosto de 2010

912 - Antônio Haddad

Antoine Jacques Haddad foi um grande personagem da moderna história caiense. Nascido na Tunísia, em 1942, ele emigrou para a França em 1961, onde trabalhou como operário da indústria de calçados. Fez cursos técnicos e progrediu na profissão chegando ao posto de gerente de produção.

Em 1973 veio para o Brasil com a missão de implantar uma fábrica de calçados no Rio de Janeiro. Dois anos depois, trabalhando para o grupo francês Eran, ele chegou ao Caí para implantar na cidade uma grande fábrica que, anos depois, foi vendida para a Vachi e, mais tarde ainda, para a Azaléia.

Antônio (como Antoine ficou conhecido) criou no Caí, também, a fábrica de calçados Fasolo, no bairro Lajeadinho, que também foi vendida mais tarde para a Azaléia.
E Antônio criou ainda a fábrica de calçados Aurora, no bairro Conceição, em cujo prédio funciona hoje a metalúrgica São Sebastião.

Ele teve, portanto, uma grande participação no processo de industrialização por que passou o Caí nas décadas de 70 e 80 do século passado. Hoje, com 65 anos, ele vive em Novo Hamburgo e presta assessoria empresarial.

Foto da not?ia
Casado com a francesa Simone, Antônio tem dois filhos: Christophe e Alain. Christophe era uma criança pequena, quando a família veio morar no Caí no bairro Vila Rica. Ele cresceu ali, na casa da família situada na rua Triunfo (que ficou conhecida como rua do francês, pelo fato de Antoine lá residir) Christophe mora em São Leopoldo, é pessoa extremamente culta e um cidadão do mundo. Domina várias línguas e, presta assessoria a empresas para o comércio internacional. Ele é casado e foi pai de uma menina de 14 anos chamada Rebeca, que estudava no Colégio São José, também em São Leopoldo.

No dia 16 de julho último, a família Haddad sofreu um grande abalo porque a Rebeca era uma das passageiras do vôo 3054 da TAM, que terminou em tragédia quando tentava o pouso no aeroporto paulistano de Congonhas.

Rebeca ia para São Paulo junto com uma amiga e colega de escola. Em férias, as duas passariam alguns dias na casa dos avós desta amiga.
A morte de Rebeca repercutiu muito também pelo fato dela ser uma torcedora entusiasta do Grêmio e o clube haver feito a ela uma grande homenagem póstuma.

A identificação do corpo de Rebeca e o seu retorno para São Leopoldo levou quase 20 dias e só então a menina pode ser enterrada, em cerimônia judaica, já que esta é a fé da família Haddad. Christophe é pai, ainda, de um menino de onze anos.
Ver foto e mais informaçõs sobre Antônio Haddad na postagem 895- O início da fábrica Eran

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