Foi no Chapadão que o pequeno Bernardino começou a frequentar a escola, no Colégio Municipal Jaci Nunes Platz, que ficava perto do armazém “Kutel”, conforme a pronúncia de Bernardo. Na verdade, o sobrenome era Gutheil. Este comerciante era casado com a irmã de Sibila Stroher Laux (mãe de Dary Laux). A escola tinha duas salas de aula e duas professoras.
Jaci Nunes Platz foi sua primeira professora. Ela morava numa casa nos fundos do colégio e tanto a escola como a casa da professora ficavam nas terras de Jacó Bender, que era músico, assim como seus irmãos Rudolfo e Albano. Eles formavam uma banda conhecida como Orquestra dos Bender. Rudolfo tocava rabecão (baixo acústico), Jacó flauta e Albano trumpete.
No início da aula, as crianças cantavam o Hino Nacional. E, ao término delas, rezavam. A razão de cantar o hino, segundo lhe explicou a professora, era a de lembrar aos alunos que eles eram brasileiros. O que é compreensível, pois muitos dos alunos eram de origem alemã e o sentimento de germanidade era muito arraigado, ainda, nas suas famílias. A reza na saída era para inspirar o sentimento de moderação, com o sentido de evitar que eles se metessem em brigas.
Como as terras da família eram poucas, Bernardino trabalhava também nas propriedades vizinhas, fazendo principalmente o serviço de capina. E começou a fazer isso bem cedo, quando era ainda um menino.
No ano de 1944, com onze anos, ele passou a frequentar as aulas de doutrina católica (preparatórias para a primeira comunhão). As aulas eram ministradas num prédio situado no local em que hoje se encontra a Escola Estadual São Sebastião, no centro do Caí (defronte à praça central). Essas aulas ocorriam uma vez por semana, ao longo de meses, e o menino ia até elas a pé juntamente com outros meninos e meninas do Chapadão, fazendo um percurso de aproximadamente quatro quilômetros.
Bernardo estudou também na escola situada na atual rua Padre João Wagner, na qual teve como professora Elvina Laux. Excelente mestra, que é lembrada com admiração e respeito por seus antigos alunos. Dona Elvina, que era casada com Artur Laux, lecionou também na localidade de Escadinhas, no interior da Feliz. Bernardo considera que deve à competência dessa professora grande parte daquilo que aprendeu nos bancos escolares.
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