Alceu Masson é sério candidato ao título de maior intelectual caiense. Foi escritor, tradutor, pintor, desenhista. Só um outro caiense rivaliza com ele pela sua produção intelectual: Carlos Henrique Hunsche. Hunsche, que nasceu no Caí, viveu a maior parte da sua vida fora da cidade. Saiu jovem, viveu na Alemanha e na Argentina, voltou para o Brasil, mas não para o seu município natal. A obra principal de Runsche, sobre a imigração alemã no Rio Grande do Sul, é monumental. Sua cultura e capacidade de produção intelectual é inquestionável.
Masson teve talento diversificado e chegou a ter certo destaque no seu tempo, mas sua obra é pouco lembrada pelos pósteros. Ao contrário de Hunsche, Masson não nasceu no Caí, mas depois que aqui chegou, fincou raízes e ficou no município até a morte. Mesmo tendo livros e traduções publicadas pela Editora Globo, um gigante da cultura brasileira em meados do século XX, o livro seu que mais interesse desperta é aquele que escreveu em homenagem ao seu município adotivo. Caí, que é um livro caseiro (escrito por ele, patrocinado pela prefeitura e impresso na Livraria Caiense) permanece como fonte importante de informações sobre a história de São Sebastião do Caí. Livro que, no entanto, poucos leram e que, não tendo sido reeditado, está desaparecendo lentamente.
Enfim, decidir qual é o "maior intelectual caiense" se torna difícil porque Hunsche ganha no quesito "maior" (sua obra é mais ampla e tende a se perpetuar). Os dois empatam no quesito "intelectual", pois os dois eram típicos e puros exemplares desta categoria de gente. E Masson ganha no quesito "caiense", pois ele amou mais o Caí e se dedicou mais ao seu município.
Portanto, estão empatados.
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