O cineasta alemão Roman Conrad viveu su maturidade em Alto Feliz: fotos dele maduro e na juventude
Alemã de nascimento, Elly Schollz Conrad era casada com o cineasta austríaco Roman, que, fugido da guerra, veio para o Brasil.
Em sua vinda ela, ainda pequena, participou de um naufrágio, na costa Argentina, em 1914. Depois foi para São Paulo, com os pais, que se tornaram colonos em uma propriedade que cultivava café. Ela conta que neste período quase morreram de fome, pois o trabalho em regime de quase escravidão.
Na adolescência, Elly ganhou o mundo. Conheceu Roman, e com ele fugiu. Ao lado de seu amado rodou o país. Fazendo filmagens, até mesmo pornográficas e o casal acabou instalando residência em Alto Feliz. Sem energia elétrica, Conrad, implantou um sistema de dínamos sob a queda da cascata, e assim tinha energia elétrica para as coisas do dia-a-dia de um produtor de vídeo.
Conrad morreu, queimado, enquanto fumava sobre o sofá na varanda da casa.
O material, que pertencia à família, foi praticamente todo destruído pela ação dos vândalos e do tempo, mas boa parte dos livros e outras relíquias foram guardadas pela municipalidade. Dona Ely ainda vive, e tem na memória as aventuras do início do século XX.
Texto de Alex Steffen
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