sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

1068 - História da Cooperativa de Harmonia

Há décadas, a Cooperativa Ouro do Sul tem sido a base do desenvolvimento de Harmonia

Antes que o cooperativismo fosse instalado em definitivo na Harmonia, as indústrias, um tanto rudimentares já movimentavam a economia local. Moinhos, movidos por roda d’água eram importantes no contexto local, pois possibilitavam a fabricação de farinha e outros. No final do século XIX e nos anos iniciais do século XX já existiam outras indústrias, como a fábrica de banha da família Weissheimer na localidade de Morro Peixoto. Todos os produtos da Harmonia, e a maior parte dos produtos das colônias alemã e italiana rumavam para Porto Alegre, partindo de São Sebastião do Caí, onde havia um forte porto.
A partir de 1930 a produção agropecuária de Harmonia e região crescia de maneira evidente, sendo a produção vendida a Sociedade União Popular. Por sugestão de Siegfried Kniest, que viajava para a Sociedade União Popular pelo interior, veio a surgir a Cooperativa dos Suinocultores do Caí Superior LTDA. A entidade foi fundada em 29 de julho de 1935, na Harmonia, em uma reunião com 38 participantes. A cooperativa tem hoje milhares de associados, sendo destaque na economia local e regional.
Em 29 de julho de 1935 era criada a Cooperativa de Productos Suínos do Cahy Superior, por um grupo de 38 produtores rurais da região do Vale do Rio Caí, com o objetivo de industrializar os suínos produzidos pelos associados. 
O que mais motivou estas pessoas a lutar por esta conquista, foram as grandes dificuldades enfrentadas para levar a sua produção até Montenegro, distante 25 Km de Harmonia, por estradas em péssimas condições, com carroças puxadas por mulas, em viagens que podiam durar até dois dias.
 
Através de mutirões liderados pelo primeiro presidente Miguel Menz, a construção do matadouro se tornava uma realidade, sendo que em janeiro de 1938, aconteceu o grande momento da inauguração da fase de industrialização dos suínos, que tinha como produto principal a banha.
Em 1943, já contando com o Serviço de Inspeção Federal, a Cooperativa iniciava o abate de bovinos, exclusivamente para o consumo dos associados.
Em 1944 foi realizada uma reforma estatutária que alterou a razão social para Cooperativa dos Suinocultores do Caí Superior Ltda., que hoje também é carinhosamente conhecida como Cooperativa Ouro do Sul.
Durante sua trajetória, atravessando fases de grandes dificuldades econômicas e financeiras, mas contando sempre com a participação e união de seus associados e funcionários, e com o trabalho e a dedicação de líderes que não mediam esforços pela causa da Cooperativa, foi possível vencer as dificuldades e se manter funcionando até os dias de hoje, como uma das Cooperativas mais antigas do Rio Grande do Sul.
Atualmente, em constante crescimento e com investimentos em equipamentos modernos e tecnologia de ponta, a Cooperativa se mantém sólida, com um parque industrial que contempla o abate de suínos e bovinos, além da industrialização de embutidos, todos com a marca Ouro do Sul. Entre suas atividades, conta ainda com uma fábrica de rações, rede de supermercados e posto de combustíveis, visando atender as necessidades de consumos de seus associados e clientes.
Junto ao associado, desenvolve programas de produção integrada de suínos, acompanhando o processo desde a escolha das raças, produção de leitões, engorda, até a fase de abate. Este acompanhamento é feito através de assistência técnica, orientando os produtores sobre o manejo, sanidade e nutrição. O fornecimento de rações balanceadas produzidas pela própria Cooperativa, resultam em animais sadios e uma matéria-prima de qualidade, que após processada no seu frigorífico, adotando os mais rigorosos critérios de higiene, garante um produto de excelência aos consumidores “Ouro do Sul”.
 
Os presidentes:
Miguel Menz – 1935 a 1939
Antônio Scherer – 1939 a 1950
João Alfredo Berwanger – 1950 a 1957
João Hullen – 1957 a 1974
René Vicente Vier – 1974 a 1982
Lothário Hoerlle – 1982
Hugo Amândio Keller – 1982 a 1990
Theobaldo Valério Persch – 1990 a 1994
Renato Kuhn – 1994 a 1998
Theobaldo Valério Persch – 1998 a 2010 


Texto de Alex Steffen

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