quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

1079 - Biografia de Max Fernando Oderich



Nascido em Porto Alegre - RS, aos 18 dias do mês de julho de 1976. Max Fernando de Paiva Oderich foi assassinado dia 17 de agosto de 2002 (aos 26 anos), na mesma cidade de Porto Alegre. F
ilho de Luiz Fernando Oderich e Maria Isabel de Paiva Oderich, ele morreu uma semana antes de sua formatura. Residia em São Sebastião do Caí - RS e neste dia fora a Porto Alegre comprar o terno de formatura.


A vida
Max veio antes do tempo e foi-se antes do tempo. Nasceu prematuro, de parto cesárea, com 1,8 kg, no Hospital Fêmina. Sua chance de sobrevida logo após o nascimento era de 20%. Foi transferido para a UTI neonatal do Hospital Ernesto Dorneles onde, na época, havia melhores recursos para os seus cuidados. Cerca de 23 dias após, veio para casa. Muito pequeno, mal conseguia mamar cinco ml de leite, na mamadeira, a cada vez.

Com um ano e poucos meses transferiu-se com os pais para São Sebastião do Caí onde teve uma infância normal, cercada de muitos animais domésticos. Teve cachorros, gatos, patos, peixes como animais de estimação. Fez o primário em São Sebastião do Caí, mais tarde transferiu-se para o Colégio Sinodal, em São Leopoldo - RS.

O segundo grau fez praticamente todo no Cetemp – Centro de Treinamento Tecnológico, do SENAI, em São Leopoldo. Nos anos de 92 e 93 recebeu um aluno de intercâmbio, vindo da Suécia. Nos anos de 1993 (2º semestre) foi sua vez de fazer um intercâmbio, indo para o Canadá, onde acabou concluindo o segundo grau na Academia Saint Mary.










Mabel e Luiz Fernando abraçam o filho quando da sua formatura no SENAI


No final de 1994 prestou vestibular para Engenharia Mecatrônica da PUC, passando a residir por alguns anos em Porto Alegre. Vendo que não era aquela sua vocação, um ano e meio após, fez novo vestibular para Administração de Empresas, na mesma Universidade.

Neste período fez estágio em várias empresas, posto que a idéia era vê-lo preparado para exercer a futura gerência da empresa de seu pai, tendo antes provado sua competência e autonomia em várias empresas. O que fez com brilhantismo. Várias portas ficaram abertas para ele.

Tinha um sonho de juntar a atividade empresarial à de professor universitário. Batalhou e conseguiu bolsa junto ao CNPq ajudando vários professores em suas pesquisas, valendo-se de sua determinação e conhecimentos da língua inglesa.

Vendo a realidade brasileira, de miséria e descaso, e acreditando na educação como forma de transformar a sociedade, apresentou-se como voluntário para informática em escolas de periferia. Lecionou, aos sábados pela manhã, na Vila Restinga e também em vilas populares perto da PUC.

Quando já dispunha de maiores conhecimentos técnicos de Administração, apresentou-se também como voluntário para prestar assessoria a pequenas empresas instaladas na incubadora de empresas na mesma Restinga.

Em 2000 viu que era chegada a hora de começar a participar da administração da empresa familiar. Naquele ano ainda tentou continuar morando e estudando em Porto Alegre e trabalhar em São Sebastião do Caí. Fez novo vestibular para Administração na Unisinos estudando lá 2001 e 2002, terminando seu curso.

Nesta nova Universidade também participou de pesquisas e teve seu trabalho de conclusão aprovado com louvor. Um dos cinco melhores trabalhos apresentados. Fora aprovado no exame nacional para cursos de pós-graduação, estando habilitado a escolher a Universidade que melhor lhe conviesse.

Entendia que o futuro está no conhecimento. Por isto estava escrevendo um livro “A Gestão do Conhecimento na Indústria Brasileira”. Para tanto, estava reunindo trabalhos publicados no Brasil e no exterior e estava fazendo pesquisas junto às empresas brasileiras. O livro, lamentavelmente, ainda estava em fase embrionária, com cerca de 40 páginas mas, como a vida do Max, foi interrompido antes da hora.
Texto e fotos extraídos do site Brasil sem Gradeshttp://www.brasilsemgrades.org.br/ws/ )

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