Na Feliz, Fritz Weissheimer curtia o couro e confeccionava lombilhos
O avô de Egídio Weissheimer chamva-se Friedrich (Fritz) e era curtidor e lombilheiro (2). Ele adquiriu, de Johann Simon, a quadra situada entre as atuais ruas Tomé de Souza, Santa Catarina, Voluntários da Pátria e Pinheiro Machado. Fez isso em partes, ao longo de alguns anos. Assim, em três escrituras, havia comprado a quadra inteira. Pela constituição da Republica, o Estado se separou a Igreja, e passaram a ser construídos prédios para os cartórios de registros. Fritz Weissheimer construiu, então, em 1894, um prédio na esquina das ruas Santa Catarina e Voluntários da Pátria ( em frente ao prédio de seu pai) com características apropriadas a esta finalidade: três salas na frente: uma para espera, outra para lavrar as escrituras e a terceira para servir como gabinete. Na parte dos fundos havia quartos, sala, cozinha e banheiro. Foi este o prédio onde, inicialmente, se instalou o cartório de Feliz. Hoje ele abriga o museu municipal.
Antes disto, Fritz Weissheimer construiu, na rua Santa Catarina, a sua residencia (com curtume e selaria nos fundos). Este prédio ainda existe hoje, sob nº 168, e é ocupado pela família Rauber.
Adaptação de texto de Egídio Weissheimer
2- Lombilheiro é o fabricante de lombilhos e outras peças do arreamento dos cavalos e mulas. Era uma profissão muito valorizada na época, pois o cavalo, tinha então a mesma importância que é dada hoje ao automóvel. Um bom cavalo, provido de arreios de qualidade era símbolo de status. O conjunto de acessórios usados para montar o cavalo com mais conforto e elegância é chamado de aperos. Sobre o assunto ver o blog http://aperocrioulo.blogspot.com/
Conforme Egídio Weissheimer, seu avô "fabricava selas, selins, arreios, feios,cabrestos, relhos e outros utensílios de couro, muito necessários na época em que todo o transporte era efetuado com o uso de cavalos e burros."
Nenhum comentário:
Postar um comentário