quarta-feira, 2 de março de 2011

1140 - Dos implementos agrícolas à acessibilidade

Instalada em Barão, a Ortobrás tonou-se a maior produtora brasileira de cadeiras de rodas e outros itens destinados a proporcionar acessibilidade aos portadores de limitações físicas

O embrião da potência que hoje é a Ortobras surgiu na edição de 1982 da Expointer. Naquela oportunidade, o empresário argentino Rijato Hummel, que junto com um irmão tinha uma fábrica de implementos agrícolas em Buenos Aires, apresentou uma máquina produzida por essa empresa e uma novidade para a época: dois veículos com adaptações para pessoas com limitações físicas, cuja tecnologia foi conhecida durante uma viagem à Alemanha.
Apesar da importante feira ser volta, especialmente, para o setor primário, os veículos adaptados acabaram chamando muito mais a atenção do público, inclusive do então governador Amaral de Sousa, que fez questão de conhecer a tecnologia de perto. Um outro expositor participante do evento e então vice-prefeito de Salvador do Sul, Valério José Calliari (que anos depois seria o primeiro prefeito de Barão), também interessou-se pelo trabalho de Hummel. Sabendo do interesse do argentino em instalar uma filial do seu negócio no Brasil, ofereceu uma série de vantagens para que o lugar escolhido para o empreendimento fosse Barão.
Em solo baronense, a empresa, inicialmente, se dedicou à produção de betoneiras, não encontrando um mercado promissor. O marco do crescimento da Ortobras viria em 1986, com início da produção de cadeiras de rodas, que hoje chega a impressionantes 250 unidades/dia. A experiência para a produção veio com um curso realizado por Ricardo Hummel, filho de Rijato, nos Estados Unidos.
“Na verdade, o que impressiona mesmo é o número de pessoas que dependem desses equipamentos. Ficamos felizes por poder colaborar para que as vidas delas sejam melhores”, afirma Hummel.
Ainda nos anos 80, a unidade industrial passa a investir na fabricação de elevadores para ônibus urbanos e, em 1998, lança seu primeiro elevador vertical para edificações, com mercado cativo em diversos países da América do Sul e América Central.
“Com certeza, não foi fácil chegar até aqui. Enfrentamos muitas dificuldades. Não posso deixar de agradecer à minha esposa Anita e ao meu filho Ricardo por tudo que conquistamos”, faz questão de reconhecer o empresário.
Texto de Cléo Meurer para o jornal Fato Novo

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