Dona Marlise (na foto, de bigodes) partilhava do espírito brincalhão do marido |
Schneck brilhou como gerente porque era um extraordinário relações públicas. Ao invés de ficar num gabinete isolado, ao qual se chega apenas após ser atendido por um funcionário, ele tinha a sua escrivaninha na recepção da agência. E ali ele atendia a todos.
A agência caiense progrediu tanto que tornou-se agência de primeira classe (ao mesmo nível das de Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, São Leopoldo e Novo Hamburgo). No Caí, ela chegou a captar 67 % dos depósitos, restando apenas 33 % para os bancos concorrentes: Banco do Brasil, Caixa Federal, Banrisul e Sulbrasileiro.
Schneck tinha especial predileção em falar com pessoas do povo. Enquanto seus assessores atendiam empresários e profissionais liberais (médicos, advogados etc) ele, muitas vezes, estava atendendo um cidadão humilde que precisava de um pequeno empréstimo para resolver um problema da sua família.
Para atender e conversar com todos os clientes, Schneck delegava as outras atribuições para os funcionários. O que resultou em estes funcionários evoluírem muito, chegando a altas funções na administração da Caixa Econômica Estadual. Este foi, particularmente, o caso de Ário Soares, que foi o sub-gerente da agência caiense e depois gerente (quando, ao eleger-se vice-prefeito, Schneck licenciou-se das suas funções na Caixa para atuar no governo municipal).
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