terça-feira, 10 de maio de 2011

1184 - Azaléia fecha sua última fábrica no estado

Empesa que impulsionou o progresso caiense no final do século XX, desiste de produzir no estado

Azaléia encerra a produção de calçados também em Parobé. Depois das fábricas caienses, fechadas em 2005, a gigante Azaléia uniu-se à Vulcabras. Em seguida, 2007 fechou a sua unidade em Portão e agora encerra a produção em Parobé, última fábrica que a empresa mantinha no Rio Grande do Sul.
Principal responsável pela fase de grande desenvolvimento caiense na década de 10980 e 1990, A Azaléia encerrou sua produção de calçados em Parobé, cidade que foi o berço da empresa e sua sede por mais de 50 anos. Permanecem funcionando la, a sua área administrativa e de desenvolvimento tecnológico. A produção passa para as fábricas instaladas no Nordeste Brasileiro e até no exterior, onde a mão de obra ainda é mais barata ou, até, para o exterior.  
Por um lado, é um bom sinal. Assim como acontece nos Estados Unidos, as indústrias estão transferindo a sua produção para países estrangeiros, mantendo o cérebro da empresa no seu país de origem. Mas Parobé sofrerá um baque, tal como aconteceu no Caí. Que, no entanto, sobreviveu e agora procura novos meios de impulsionar o seu desenvolvimento. Existe falta de mão de obra qualificada no setor de calçados e a absorção dos funcionários demitidos talvez não seja tão difícil.
Fundada pelo quase caiense Nestor de Paula (seu pai,  Nepomocena de Paula nasceu no Campestre da Conceição e foi comerciante em Estância Velha). Nestor foi um dos fundadores da Azaléia, que começou pequena e, sob o seu comando, tornou-se uma das maiores fábricas de calçados do mundo. 
Hoje ainda conta com 44 mil funcionários que trabalham em 27 fábricas, principalmente no Nordeste, mas também na Argentina ( com 5.000 funcionários) e até na Índia onde tem uma unidade dedicada apenas à produção de cabedais, que são enviados para as demais unidades, no Brasil e na Argentina. A fábrica indiana tem 1.000 funcionários e deverá aumentar para 10 mil em dois anos.
Mesmo com a produção encerrada em Parobé, e a demissão de 800 funicionários, a empresa continuará suas atividades ali, com 1.500 funcionários. Continuará funcionando ali as dretorias de marketing e de desenvolvimento de produtos, tecnologia e planejamento, além das áreas das áreas de suprimentos, logística e recursos humanos. Em grande parte, o cérebro desta grande multinacional continua em Parobé, município situado próximo a Novo Hamburgo, no Vale do Paranhama, onde a empresa foi fundada em 1958. Alertada pelo fechamento de mais esta grande empresa do setor calçadista, o governo do estado se mobiliza para criar um plano de incentivo a esta e outras atividades econômicas do estado.
Com altos impostos,  mão de obra cara (comparativamente) e infraestrutura deficiente, o  Rio Grande do Sul está deixando de ser competitivo na atração e manutenção de empresas.
Conforme foi publicado no sit clic RBS, o presidente da Azaléia, Milton Cardoso, explicou assim o motivo da decisão:
“Esta era a nossa menor unidade, que tinha 800 empregados na produção. As nossas outras unidades, localizadas no Nordeste, são muito maiores e, por terem maior escala, têm naturalmente custos reduzidos. Além disso, há alguns benefíocios fiscais no Nordeste que também barateiam a produção.”



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