Renato Klein entrevista o vereador Abílio Luft, num dos primeiros anos do jornal |
Maior foi a contribuição dada pelo jornal na etapa seguinte do processo histórico que levou o Vale do Caí ao fantástico desenvolvimento que hoje exibe. Este fato ocorreu também em Bom Princípio, quando o seu primeiro prefeito, Hilário Junges, conseguiu fazer uma administração modelar e imprimir ao município recém criado um progresso extraordinário.
Ao assumir o cargo de prefeito, Hilário Junges sentia-se inseguro e despreparado para o desempenho de uma função tão complexa. O Fato Novo acompanhou de perto os primeiros passos do seu governo. Além de atuar como jornalista, Renato Klein era ouvido por Hilário Junges também pelos seus conhecimentos de Economia. E ouviu do jornalista/economista uma recomendação que vinha bem de encontro às suas próprias convicções: a de evitar o empreguismo e conter as despesas ao máximo, para que sobrasse dinheiro para fazer investimentos.
Seguindo esta fórmula simples (mas que é fundamental para o sucesso de qualquer administração), o governo de Hilário teve um sucesso espetacular. Nos seus seis anos de mandato, ele conseguiu mudar totalmente a realidade do município. Ao fim do seu sexto ano de existência, Bom Princípio já estava, em muitos aspectos, mais adiantado do que o Caí, que comemorava o seu 113º. Mesmo desagradando a administração municipal caiense daquela época, o Fato Novo divulgava o extraordinário progresso de Bom Princípio e divulgava a fórmula básica usada por Hilário para chegar onde chegou: a de evitar o desperdício, especialmente na contratação desnecessária de funcionários.
O Fato Novo fez, com isto, uma verdadeira campanha de incentivo às novas emancipações. O acontecido em Bom Princípio, não deixava dúvidas: valia a pena emancipar-se. Principalmente se os governantes dos novos municípios seguissem o modelo administrativo ensinado por Hilário Junges.
E assim, no ano de 1988, surgiram vários novos municípios na região: Harmonia, São José do Hortêncio, Capela de Santana, Tupandi, São Vendelino, Brochier do Maratá e Barão. E todas estas emancipações resultaram em grande progresso para estas localidades. Quatro anos depois, mais sete municípios encaminharam suas emancipações: Pareci Novo, Maratá, São Pedro da Serra, Vale Real, Alto Feliz, Linha Nova e São José do Sul.
Seguindo os caminhos mostrados por Arno Carrard e Hilário Junges, todos estes municípios conseguiram êxito no seu processo de emancipação e também nos seus governos, conseguindo efetuar grandes investimentos na educação, saúde e infraestrutura, além de orientar o desenvolvimento econômico e social nas comunidades. E o Fato Novo contribuiu para o bom êxito de mais esta grande etapa do processo de desenvolvimento da região: a implantação de uma nova divisão geográfica da região, com novos municípios geridos por governos enxutos, competentes e com visão estratégica de desenvolvimento.
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