domingo, 25 de novembro de 2012

1544 - Rambo Brothers


Pelo ano de 1975, os cinco irmãos Rambo animavam reuniões dançantes. 
De pé, da esquerda para a direita, Flávio Luis Rambo, Pio Rambo, 
Levino, Victor Rambo Agachados: Clóvis Rambo, 
Inácio Motta (In Memoriam) e Ane.
Da esquerda para a direita: Flavio Luis Rambo, ao violão;Pio RAmbo 
na gaita; atrás (no chocalho) Clóvis Rambo e Victor Rambo também 
com violão.  O nome do conjunto dos quatro irmãos era Show Centauro
As crianças da família Rambo, em Harmonia, trabalhavam 
desde pequenas. Passavam horas serrando lenha, mas valia a pena 
porque, depois, a vó  Gertrudes (mãe de Balduíno 
Rambo) os premiava com um licorzinho. Estão na foto os irmãos 
Clóvis, Victor, Dirce, Flávio, Anelise e Pio. Atrás, a mãe Érica

Grupo Musical Kontraste tocando reunião dançante 
no salão Fink em meados dos anos 70. Da esquerda 
para a direita: Levino, Ane Rambo,Pio Rambo, Victor Rambo, 
Inácio Motta (In memoriam) e Clóvis Rambo na bateria

Numa família de fotógrafos, não faltaram registros
dos velhos tempos. Pio Rambo também exerceu essa
profissão, por oito anos. Estão nessa foto Pio Rambo, Inácio Motta (falecido prematuramente) 
com a  gaita; Flávio, no meio, com o violão;  Vitor, ao lado, também com violão;  Clovis na percussão. O menino é o Jorge Fink, do supermercado Harmonia 

A família Rambo, de Tupandi, na sua maioria, era composta por modestos agricultores. Mas dela saíram alguns homens de grande cultura e talento. Um dos mais notáveis foi o padre Balduino Rambo, um homem de grande cultura que, foi o maior cientista do estado na primeira metade do século passado. Foi naturalista (geólogo, botânico, zoólogo, ecologista), além de humanista e historiador. Um de seus irmãos também foi padre jesuíta e, mesmo tendo abandonado a carreira sacerdotal, foi destacado professor de antropologia na UNISINOS.

O talento e a inquietude parece que são uma característica da família, como se pode notar até mesmo em outros membros da família que não se destacaram tanto.
Um exemplo disso é João Bertoldo Rambo, que trabalhou como contador da Cooperativa dos Suinocultores do Caí Superior, em Harmonia. Fora da hora de trabalho, ele atuava como fotógrafo, consertava máquinas de costura e despertadores, afiava facas e aplicava injeções. Era eclético e incansável.
Seus filhos não fugiram à regra familiar. O mais conhecido deles é Pio Rambo, que é técnico em eletrônica (consertando televisores e outros equipamentos na sua oficina no Caí), além de músico. Ele também é radialista e produtor de áudio, fazendo inclusive gingles com acompanhamento musical. Ele também é filólogo, produzindo um importante blog voltado para o estudo e registro dos dialetos alemães falados no sul do Brasil. Faz locução comercial e, através de outro blog, divulga seu trabalho até a nível internacional. Já foi contratado por várias empresas estrangeiras para fazer locuções em português em filmes e programas radiofônicos.
Os irmãos de Pio também são talentosos. Clóvis, que mora em Salvador do Sul, é bom desenhista e Flávio tornou-se designer de bolsas femininas. Anelise se diferencia por residir em Florianópolis e trabalhar na Infraero.
Todos eles cresceram na cidade de Harmonia e conviveram com a avó Gertrudes (mãe do genial padre Balduíno). Há uma teoria de que a causa das mentes dessa família serem tão diferenciadas está no licorzinho da vó Gertrudes. A fórmula, entretanto, foi perdida.
Mas o efeito do licor deve ter provocado mutação genética, pois os filhos de Pio Rambo herdaram a tendência da família: o mais velho, Wagner, de 27 anos, fundou uma empresa de robótica no Caí. O mais novo, Guilherme, é um dos proprietários de uma produtora de vídeos que, além de produzir vídeos publicitários, documentários comerciais e clips musicais, acaba de lançar uma websérie chamada Crônicas de Sangue.

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