Atualmente a área em frente ao hospital é arborizada |
Antigamente, as encostas dos morros da região eram muito mais desmatadas do que hoje. Os colonos aproveitavam qualquer pedaço de terra para plantar milho, cana e mandioca, além de fazer campo para alimentar o gado.
Na encosta do morro do Hospital, que faz frente para a cidade, muitas áreas que hoje são cobertas de mato, antes foram cultivadas, pois já não compensa fazer pequenas lavouras em áreas íngremes. Com isso, o mato natural, que cresce rápido numa região colonial, como a nossa, cresceu e tomou conta da encosta.
Hoje quem está na frente das lojas Colombo e olha para o morro não vê o prédio do Hospital Sagrada Família, que fica todo encoberto pelas árvores existentes na frente do prédio. Poucos lembram, no entanto, que essas árvores não existiam ali até uns vinte anos atrás.
Quem visita o Caí atualmente, se encanta com a beleza da mata nativa nas encostas do morro, bem junto à cidade. As pessoas não imaginam que, no passado, boa parte daquelas encostas eram usadas para o plantio.
Antigamente, mato havia demais. Tanto que antigamente, quando se falava em algo que existe demais e não tem valor, se dizia “isso, por aqui é mato”. Mato era sinônimo de algo abundante e inútil.
Para quem vive na cidade, essa lógica se inverteu e o que se reprova é o excesso de asfalto e cimento. E o mato passou a ser valorizado.
Antigamente, quem construía no alto de um morro, queria ter uma ampla visão da paisagem e sua casa, por isso, ficava também muito visível. Hoje, dispensa-se a contemplação da paisagem e se quer a casa rodeada de árvores.
O exemplo dado pelo Hospital Sagrada Família deve ser seguido. Casas construídas no alto do morro ou nas suas encostas, caso a legislação e o terreno permitam a construção, não devem ser visíveis para quem olha da cidade.
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