domingo, 13 de janeiro de 2013

1594 - Uma verdadeira saga: a imigração da brava famíia Kayser

Uma família de imigrantes Kayser chegou ao Brasil em 1827,
numa longa e penosa viagem em navios a vela. Dos 12 que
partiram da Alemanha, apenas oito chegaram vivos

No dia 7 de julho de 1827 embarcou no porto de Amsterdam/Holanda, no veleiro Epaminondas,  a destemida família de imigrantes Kayser, assim composta:  pai, mãe e quatro filhos; irmã da matriarca, a esposa de um dos filhos e seus quatro filhos menores (netos do patriarca e da matriarca).
Durante a viagem, faleceram quatro membros. Primeiro, na altura do Equador, morreu em alto mar, Philippine, filha de Johannes, com a idade de seis anos e meio. Depois faleceu a tia dos quatro irmãos, irmã da mãe.
Em 28 de setembro de 1827, depois de 12 semanas de viagem, chegaram ao Rio de Janeiro. Ali, em armazém portuário precariamente adaptado, ficaram por seis semanas, enquanto esperavam um navio que os levasse ao sul do Brasil. Nesse período, perdem a mãe e avó.
Em 12 de novembro de 1827 tomaram o navio costeiro “Dido” com destino a São Leopoldo. Nesse percurso faleceu também o pai e avô, sendo seu corpo lançado ao mar.
Finalmente, aos 15 de dezembro de 1827 a família Kayser desembarca em São Leopoldo.
Foram quase cinco meses de viagem. Dos 12 membros que haviam embarcado em Amsterdã, chegaram a esta terra apenas 8:
Johann Peter Kayser
Johann Nikolaus Kayser
Philippine Kayser
Johannes Kayser, a esposa Maria Elisabeth e três filhos: JohannesJohann Philipp e Karl (o nosso “Carlinhos”).
Chegados a São Leopoldo, os imigrados foram levados para a localidade de Feitoria Velha, a poucos quilômetros da cidade. Ali ficaram por onze meses à espera de suas terras. Somente  em 1829, receberam suas colônias na "Picada do Cadeia" ou "Picada do Hortencio" 0u, em alemão “Portugieser Schneiss”, "Hortencio Schneiss"; atualmente São José do Hortêncio.
Texto: Carlos Gilberto Kayser

5 comentários:

  1. Ao agradecer sensibilizado pela postagem, lembrar a todos nós, descendentes de imigrantes, que as agruras das viagens e os assentamentos na mata virgem, não foram suficientes para desestimular os nossos bravos antepassados, pelo contrário, aqueles quase intransponíveis desafios foram o estimulante para darem surgimento ao "Sul Maravilha".

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  2. Agradeço a informação.
    Procurei por Carlos Kayser que é pai de meu avô, João Albino Kayser, e achei esta bela história.

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  3. Johann Kaiser é meu pentavô, pai de Elisabeth

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  4. Seria possível compartilhar a lista de bordo desse navio ou maiores informações sobre

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  5. Johann Peter Kayser é meu tatatara vô kkkkk, muito legal, sou filho da Helena Kayser, filha do alzemiro kayser>alfred Kayser, Felippe Kayser filho, Philipp kayser(a qual devo meu nome)e johann peter kayser

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