sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

1640 - A morte de Jacob Michaelsen em A Federação

A morte do caiense Jacob Michaelsen foi assim noticiada 
no jornal A Federação em 7/6/1926
(clique sobre a foto para ver melhor)

Jacob Michaelsen foi um grande empresário da navegação riograndense no final do século XIX e início do século XX. Um dos cinco jacós da navegação riograndense, líderes desse importante setor da economia gaúcha, todos com o nome de Jacob. Era pai de Egydio Michaelsen, que foi ministro do governo João Goulart, candidato a governador do Rio Grande do Sul, prefeito caiense, banqueiro e líder da associação dos bancos gaúchos.
Quando Jacob Michaelsen morreu a navegação no rio Caí já havia entrado em forte decadência. A ferrovia (com estações em Pareci Velho e Capela de Santana) além da estrada de rodagem Júlio de Castilhos, que foi sendo melhorada aos poucos, foi diminuindo a importância do rio Caí como via de transporte. O caminhão e o ônibus começavam a surgir como alternativa para os tradicionais vapores. A conservação da barragem Rio Branco e a dragagem do rio Caí já não era feita com a regularidade de outrora, dificultando a navegação. O governo do estado investia mais na melhoria das estradas de rodagem.
A outrora poderosa Navegação Michaelsen, que tanto prestígio proporcionou ao seu proprietário, tornava-se inviável. Ciente desta situação, boa parte da população caiense entendeu que a morte do velho comandante não foi acidente, mas suicídio.

Foto do acervo de João Luz

João Luz é historiador, formado pela PUCRS, com mestrado na mesma instituição seus principais interesses são a Fazenda Paquete, a família Kroeff,  o Partido Republicano Rio-grandense (PRR), em especial nos municípios de Novo Hamburgo, São Sebastião do Caí, Montenegro. Estuda, também, o plebiscito do Apaarídio Mariense, de 1888.

Dica para pesquisadores: pesquisa na Biblioteca Nacional, pode ser feita pela data.


Jornal A Federação foi um importante veículo de divulgação dos ideais políticos do Partido Republicano Rio-grandense (PRR). Com a ascensão do partido ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, tornou-se o porta-voz oficial da opinião do governo. Seu objetivo era disseminar as idéias republicanas.
Na década de 30 passou a órgão oficial do Partido Republicano Liberal, que substituiu ao Partido Republicano Rio-grandense. Em janeiro de 1933 foi adotado como Diário Oficial do Estado. Em maio de 1935 com o surgimento do Diário Oficial, editado pelo governo, voltou a ser um jornal partidário.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, através do Memorial do Legislativo, preserva e disponibiliza parte da da obra impressa do Jornal  "A Federação".  A coleção é composta por 159 volumes cujas edições variam entre 1884 a 1938. O periódico é considerado de grande valor histórico-cultural, pois retrata a história política do Rio Grande do Sul, desde Júlio de Castilhos até Getúlio Vargas.
Fontes:
Wikipedia
Visite a coleção digitalizada do Jornal  "A Federação"  na Hemeroteca Digital Brasileira (Fundação Biblioteca Nacional).

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