sábado, 23 de março de 2013

1788 - Doutora Joseandra

Joseandra quando menina: não ter os braços nunca foi problema para ela

A caiense Joseandra Pitan é um notável exemplo de superação. Ela foi uma das vítimas da Talidomida e nasceu sem os braços. Mesmo assim, desde pequena, ela enfrentou a vida com coragem e alegria. Desenvolveu a habilidade de usar os pés para tudo que as outras pessoas fazem com os braços. Ela cozinha, dá conta dos afazeres domésticos. Formou-se em direito, é casada e desenvolve vida normal. Tem muitas relações de amizade e é querida e admirada por todos.

TALIDOMIDA (Wikipedia) - A talidomida chegou ao mercado pela primeira vez na Alemanha em 1 de outubro de 1957. Foi comercializada como um sedativo e hipnótico com poucos efeitos colaterais. A indústria farmacêutica que a desenvolveu acreditou que o medicamento era tão seguro que era propício para prescrever a mulheres grávidas, para combater enjôos matinais.
Foi rapidamente prescrita a milhares de mulheres e espalhada para todas as partes do mundo (46 países), sem circular no mercado norte-americano.
Os procedimentos de testes de drogas naquela época eram muito menos rígidos e, por isso, os testes feitos na talidomida não revelaram seus efeitos teratogénicos. Os testes em roedores, que metabolizavam a droga de forma diferente de humanos, não acusaram problemas. Mais tarde, foram feitos os mesmos testes em coelhos e primatas, que produziram os mesmos efeitos que a droga causa em fetos humanos.
No final dos anos 1950, foram descritos na Alemanha, Reino Unido e Austrália os primeiros casos de malformações congênitas onde crianças passaram a nascer com focomelia, mas não foi imediatamente óbvio o motivo para tal doença. Os bebês nascidos desta tragédia são chamados de "bebês da talidomida", ou "geração talidomida". Em 1962, quando já havia mais de 10.000 casos de defeitos congênitos a ela associados em todo o mundo, a Talidomida foi removida da lista de remédios indicados. Os Estados Unidos foram poupados deste problema graças à atuação firme de Frances Oldham Kelsey, farmacologista encarregada pelo FDA (Food and Drug Administration) de avaliar os testes clínicos apresentados pela indústria.

Foto do acervo de Fernando Santos

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