Em 1922, a cidade pequena e os hábitos da população muito diferentes (clique sobre a foto para ver melhor) |
Essas fotos foram publicada em 1922, no livro Rio Grande do Sul, de Alfredo Costa. A foto acima mostra o passeio de uma família na época em que pouquíssimas pessoas possuíam automóvel. Assim, numa carreta de bois e a cavalo, as famílias saíam para passear, visitar parentes, participar das festas de kerb. Nos causa surpresa uma cena como essa, pois hoje não se imagina a vida sem automóvel. O que mais surprende na foto é ver as pessoas elegantemente vestidas (com trajes de festa) viajando numa carroça. Isso era comum naquela época. Cada localidade tinha (como ainda acontece hoje) o seu kerb anual. Em algumas localidades, as datas eram duas: o kerb dos católicos e o kerb dos luteranos.
Nessa data, as famílias locais recebiam os parentes de outras localidades e os parentes vinham em grupo (a família inteira e famílias, naquela época, eram numerosas).
Como a carroça é um veículo lento e as estradas eram de terra e muito ruins, a viagem era demorada, mesmo que as distâncias fossem pequenas. Por isso, as pessoas ficavam hospedadas por alguns dias nas casas dos parentes da localidade que fazia o seu kerb.
A foto de baixo não é menos surpreendente. Feita no Caí (assim como a outra) essa foto mostra uma atividade esportiva realizada no campo existente na cidade no local onde depois foram construídos os prédios da Escola Felipe Camarão. Além da igreja católica, no lado direito da foto, é fácil reconhecer o prédio da prefeitura, no lado direito. A maioria dos prédios que aparecem na entre esses dois prédios eram situadas na rua 13 de Maio. Uma delas é o prédio ocupado atualmente pela Lancheria Pica-Pau. Outro é o da pastelaria Sabor e o mais próximo é o da sorveteria Tartufi (na época Hotel Adam). O prédio da Livraria Caiense aparece na frente do prédio do hotel.
O segundo prédio alto, à esquerda da igreja, também ainda existe. Só que, como os outros, bastante modificado. Ele faz parte do conjunto de prédios que, modificados, compõem a atual Escola Estadual São Sebastião (anteriormente denominado Ginásio São Sebastitão). É o prédio que fica na esquina das ruas Henrique D'Ávila (a da igreja) e Pinheiro Machado (a da prefeitura).
O que mais surpreende é ver como a o campo era próximo destes prédios. O que demonstra que a cidade, na época, era muito pequena. A cidade não tinha mais do que algumas centenas de casas.
Foto do acervo de Romélio Oliveira
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