O viaduto de Portão fica a meio caminho entre o Cai e São Leopoldo |
O município de Portão foi criado num situação limítrofe. Parte dele pertence à bacia hidrográfica do Rio Caí e outra parte à do Rio dos Sinos. Quando São Leopoldo emancipou-se de Porto Alegre, em 1838, Portão ficou pertencendo a esse município, juntamente com São Sebastião do Caí. Mais tarde o Caí emancipou-se e Portão passou a pertencer ao Caí, até a sua emancipação, em 1963.
Portanto, Portão tem íntima vinculação tanto com o Caí e o Vale do Caí quanto com São Leopoldo e o Vale do Sinos. Por isso participa tanto das entidades que congregam os municípios do Vale do Cai como do Vale do Sinos. A cidade de Portão encontra-se a igual distância de São Leopoldo e de São Sebastião do Caí.
Sua colonização é recente. Os primeiros povoadores a se fixarem na região eram de origem lusa e eles só se fixaram ali por volta de 1740, numa época em que o Brasil ainda não existia como país e o atual território do Rio Grande do Sul era objeto de disputa entre espanhóis e portugueses.
Empenhado em povoar o estado, o rei de Portugal incentivava seus súditos a se estabelecerem nesse território em disputa. Fazia isto distribuindo gratuitamente grandes áreas de terra pelo sistema de sesmarias. Quem recebia uma sesmaria tinha apenas a obrigação de fixar-se nela.
As condições de vida na região eram tão adversas naquela época que, apesar da gratuidade, era comum que as pessoas que recebiam uma sesmaria (e por isso eram chamados de sesmeiros) desistiam de estabelecer-se na área que lhes foram destinadas e o governo tinha de destiná-las a outra pessoa.
Os primeiros sesmeiros se dedicaram, basicamente, à criação de gado e ao cultivo de algumas plantas para a própria alimentação. Não existiam cidades no Rio Grande do Sul naquela época. Apenas a pequena povoação em Rio Grande, muito distante para servir de mercado consumidor para aquilo que produziam os sesmeiros portonenses. O gado (especialmente o muar, ou seja as mulas), pela possibilidade de ser conduzido mediante tropeio, foi a primeira mercadoria comercializável. Com o desenvolvimento de Porto Alegre, no final daquele século, foi diminuindo o isolamento dos primeiros portonenses.
As fazendas Boa Vista e Bom Jardim surgidas nessa época, prosperaram e deram nome as localidades que ainda guardam esses nomes.
Fotos do site da Prefeitura Municipal de Portão
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