sábado, 27 de abril de 2013

1929 - Zanatta: a despedida

O radialista que fazia todos rirem deixou tristeza na sua partida
O velório ocorreu durante o dia de ontem e uma verdadeira multidão se despediu do comunicador. André usava a camiseta da Boca no Mundo, nome de sua coluna, produtora e marca registrada. Muitas pessoas, entre as quais familiares, colegas, amigos e autoridades, como o prefeito Paulo Azeredo, vice-prefeito e amigo Luiz Américo Aldana (Paraguaio), se despediram num clima de grande consternação.

Zanatta era bastante conhecido. Foi professor de química e cursou farmácia e comunicação na UFRGS. Mas foi na imprensa que mais se destacou. Simpático, comunicativo e brincalhão, atuou em vários veículos de comunicação, como jornais, rádios, TV, sites e revistas. Atualmente participava da Rádio América, de Montenegro, e da Vale Feliz FM, de Feliz, além da coluna no jornal Fato Novo. Além dos comentários, fazia a cobertura de grandes eventos, como o Festival de Cinema de Gramado, corridas de Fórmula Indý, Truck e Stock Car, além de festivais e outras promoções. Se sentia a votade entrevistando desde personalidades até pessoas humildes. Esteve até no Rock in Rio. Foi destaque em programas como do Jô Soares e Pânico. 

Lançou vários talentos, entre artistas e bandas, como nos Programas de Auditório.  E adorava um microfone. 

Se deixassem, falava um dia inteiro.

O dia de ontem foi de homenagens. As últimas participações de Zanatta foram reprisadas nas emissoras por onde passou, com homenagens nas rádios América, Montenegro e Vale Feliz. A coluna Boca no Mundo da próxima quarta também prestará homenagem ao seu criador. E outra homenagem será prestada na missa de sétimo dia, na próxima quinta-feira, dia 25, às 18h30min, na Catedral São João Batista.

O último programa
Na quinta-feira, dia 25, André Zanatta participou do programa Redação 1270, pela Rádio América. Ele era um dos titulares da atração desde a estréia, em março. Com sua acidez peculiar, tecia as críticas de maneira construtiva e apresentava soluções. Como no último programa, quando falou sobre os problemas da telefonia celular nas comunidades rurais da região e do que ele chamava de descaso com a Educação.

Às 11 horas, quando o programa acabou, como sempre fazia, enquanto se despedia de todos, continuava a falar sobre os assuntos, como se o programa não tivesse terminado. A voz que tinha ânsia de expor a opinião calou-se, deixando vago um lugar para o qual não há substituto.


Texto de Guilherme Schaurich Baptista para o jornal Fato Novo

Nenhum comentário:

Postar um comentário