domingo, 28 de abril de 2013

1935 - História econômica caiese III: à margem do fluxo econômico

Com a inauguração da ferrovia em Caxias do Sul, em 1910, o porto 
do Caí deixou de ser usado para exportar a produção da Serra
A colônia italiana de Caxias cresceu rapidamente tornando-se bem maior do que o Caí, sede do município a que pertencia. Em 1890 emancipou-se, mas continuou escoando a sua produção pelo porto do Caí. Apesar da precariedade da estrada que, assim como a Buarque de Macedo, demorou muito para ser realmente transitável. As cargas eram transportadas em lombo de mula, por caminhos que não passavam de picadas abertas em meio à mata. Levou muitos anos para que uma carreta (tracionada por bois ferrados) conseguisse fazer o trajeto de Caxias ao Caí e o fato foi motivo de celebração, pois representava um grande progresso para a economia regional. As queixas quanto à incapacidade do governo para construir e conservar as estradas eram intensas e pode se imaginar a dificuldade e o perigo que havia em percorrer os caminhos da subida da serra, beirando peraus, e a travessia do rio Cai sem a existência de pontes.
Nessa fase, até o final do século XIX, a cidade do Caí foi mais próspera e populosa do que Montenegro. Na virada do século XIX para o XX, Montenegro já havia superado o Cai e continuou crescendo mais. Principalmente depois que, em 1909, foi inaugurada a estrada de ferro ligando Montenegro a Porto Alegre e, em 1910, a linha férrea chegou a Caxias do Sul.
Caxias, que já era uma cidade muito maior do que o Caí, deixou de usar o porto caiense  para as suas exportações e isso representou um grande baque para a economia caiense.

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