O rio foi o escoadouro da produção do Vale do Caí e da Serra
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Até 1850, o Caí não existia. O que havia era apenas o rio, a mata e algumas estâncias dedicadas à criação de gado e algumas plantações.
O que fez a realidade mudar foi um plano do governo federal da época: o do imperador Dom Pedro II.animais e à agricultura. Em todo o atual território do município não havia nenhum vilarejo formado.
Animado com o sucesso da colonização alemã ocorrida entre 1824 e 1830 no Vale do Sinos e em São José do Hortêncio, o governo resolveu dar continuidade à colonização, preparando novas áreas para a instalação dos imigrantes. O que foi feito assim que terminou a Revolução Farroupilha
Com o Vale do Sinos já ocupado, pelos imigrantes das primeiras levas, o Vale do Caí era o espaço disponível para ser ocupado.
Assim, por ação direta do governo, surgiram as colônias de Feliz (em 1846) e Nova Petrópolis (em, 1858) onde se instalaram centenas de famílias de imigrantes vindos da Alemanha. Por iniciativa de particulares, foram criadas colônias particulares, loteamentos rurais nos quais se instalaram novos imigrantes e filhos dos imigrantes chegados nas primeiras novas. Ao se tornarem adultos os jovens de Hortêncio e colônias do Vale do Sinos precisavam de terra para cultivar e viver com as novas famílias que iam formando. Assim surgiram Linha Nova, Picada Cará, Bom Princípio, Harmonia, Pareci, Tupandi e várias outras colônias do Vale.
Também no Caí, áreas de terra foram loteadas e, devido ao porto natural existente no local, estabeleceram-se também comerciantes e foi se formando um povoado.
Na época não havia estradas. O rio era o único caminho para o transporte de cargas e o Caí era o último ponto navegável. Logo acima, as três cachoeiras impediam a continuação da navegação para barcos cargueiros. Isso fez com que o porto do Caí se tornasse importante para a economia regional.
Foto do arquivo do jornal Fato Novo
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