O nome de Morro do Fagundes é uma referência ao primeiro morador de montenegro |
Dos morros que existem junto à cidade de Montenegro, o Morro do Fagundes é aquele que fica mais distante do rio, junto ao bairro Santo Antõnio, do outro lado da RS-240. Nas fotos de Montenegro, o morro que mais aparece é o São João. Inclusive nessa, em que um pedaço dele aparece no lado esquerdo da imagem. Raras são as fotos, como essa, em que o Morro do Fagundes aparece tão bem.
Ele não é muito grande e não está tão bem localizado como o morro São João. Perde em popularidade até para o morro da Mariazinha e para o Monte Negro, que estão mais distantes da cidade.
Sofre até uma certa depreciação porque na encosta desse morro instalou-se a zona de prostituição da cidade.
Mas esse morro humilde tem o mérito de relembrar o nome de um dos grandes vultos da história de Montenegro: Tristão Fagundes, o primeiro morador das terras em que hoje está situada a maior parte da cidade.
No tempo em que essas terras ainda pertenciam ao município de Triunfo, o lugar da atual cidade de Montenegro era conhecido como Passo do Tristão.
Martiniano José Fagundes - esse era o seu nome verdadeiro - morava na encosta do morro São João, perto da catedral e do hospital. Era pessoa humilde. Trabalhava no rio, transportando pessoas de um lado para o outro com uma canoa. Mas ele era dono de terras que iam da beira do Caí até o morro que hoje guarda o seu nome. Uma terra que hoje teria valor inestimável mas que não era boa para a agricultura e só passou a ter valor de verdade na medida em que a cidade foi se formando e se tornando rica.
Tristão loteou a área, vendendo terrenos. Doou áreas para a igreja e tudo isso ajudou Montenegro a nascer e crescer.
Hoje, em Montenegro, existem duas coisas que ajudam a lembrar a existência desse homem que foi o primeiro a se tornar montenegrino: uma rua pequena chamada Tristão Fagundes (aos fundos do Supermercado Nacional, ligando a rua Osvaldo Aranha à Buarque de Macedo) e um morro também pequeno.
Homem modesto que foi, Martiniano, por certo, não acharia poucas as lembranças que Montenegro guarda dele.
Foto do acervo de Romélio Oliveira
por certo nunca teve ideia do seu pionerismo
ResponderExcluirParabéns Renato.
ResponderExcluirExcelente seu trabalho. As informações aqui postadas estão sendo muito úteis para minhas pesquisas de genealogia.
Obrigada.