domingo, 30 de junho de 2013

2238 - Kibon no Caí: saindo para o desfile de 7 de Setembro

Integrada à comunidade, a Kibon participava do desfile de 7 de Setembro que, 
naquela época, era um dos mais importantes eventos da cidade 
A vinda da Kibon representou muito para a pequena São Sebastião do Caí dos anos 1950 e 60. Para muitos adultos, representou a oportunidade de emprego numa grande e moderna empresa, que valorizava seus funcionários e dava a eles ótimas condições de trabalho além de excelente remuneração. A equipe fixa da Kibon era pequena, aumentando muito o número de funcionários em épocas de safra dos produtos agrícolas que eram ingredientes na receita dos sorvetes. A empresa, cujos proprietários e altos executivos eram norte-americanos, valorizavam muito os funcionários. Os permanentes ganhavam 13º e 14º salários, numa época em que nem o 13º era exigido por lei. Os funcionários que trabalhavam na safra também ganhavam ótimos salários e vantagens.
Para as crianças, os picolés da Kibon eram uma delícia incomparável. Ter essa fábrica na cidade era um sonho. Uma vez por ano os alunos das escolas faziam uma visita à fábrica, na companhia dos professores. As crianças aprendiam bastante, mas o melhor é que, ao sair, ganhavam um sorvete.
Meninos pobres costumavam ficar de alerta na beira do rio porque caixas de produtos com prazo de  validade vencido eram jogados fora no rio. Os garotos conseguiam recuperar essas caixas e faziam festa, se empanturrando com os sorvetes deliciosos que não tinham dinheiro para comprar.
Até para os meninos de famílias mais abastadas, que estudavam no Ginásio São Sebastião, valorizavam muito o sorvete que ganhavam quando a escola os levava para a visita à fábrica. Mesmo para eles era difícil comprar um sorvete Kibon. 

Foto do acervo de André Eyb

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