Ágatha, à esquerda, sua colega de pesquisa e a professora coordenadora,
na festa de premiação da feira Genius Olympiad,
da Universidade de Nova York
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A maior delas aconteceu no final de junho, quando ela foi uma das premiadas na feira Geniu’s Olympiad. Uma competição entre jovens cientistas de nível pré-universitário. Nessa feira, realizada no estado de Nova York, nos Estados Unidos, foram avaliados 300 projetos, de 58 países do mundo e o projeto que Ágatha desenvolveu, em parceria com sua colega Desireé de Böer (de Sapucaia do Sul) foi classificada em primeiro lugar na categoria que disputou: a de meio ambiente.
Ágatha teve a sua primeira conquista notável em 2009 quando, aos 15 anos, sagrou-se primeira prenda da região.
Dois anos depois, ela viajou para a Europa para participar dum festival mundial de orquestras juvenis. Ágatha é integrante das orquestras municipais do Caí e de Bom Princípio, ambas dirigidas pelo maestro Davi Dessotti. Foi através da orquestra principiense que Ágatha, participou do concurso e, com a orquestra, ganhou o primeiro lugar no festival.
O festival foi realizado na cidade de Grimma, na Alemanha, e atraiu orquestras de vários países do mundo. Aproveitando a viagem, Ágatha e os demais integrantes da orquestra fizeram um tur por diversos países da Europa.
Só por essas coisas, já se poderia dizer que Ágatha teve muitas experiências positivas, para uma pessoa da sua idade.
Mas não foi só. Ela estudou na excelente Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo, e desenvolveu lá uma experiência técnica muito importante. Junto com Desireé de Böer, ela criou um novo método de dessalinização da água do mar.
A dessalinização ocorre através da ação de uma bactéria denominada Pseudo moras, que tem a propriedade de absorver o sal contido na água. A experiência apresentou resultados muito positivos e as duas pesquisadoras foram convidadas a apresentá-la em várias feiras científicas de âmbito internacional.
Começou pela feira Mostratec, promovida pela própria escola Liberato, com participação de países do mundo inteiro, que foi realizada em outubro do ano passado e que garantiu a participação da pesquisa na feira realizada pela USP, em São Paulo, na qual Ágatha e Desireé foram agraciadas com o primeiro prêmio.
Com isso as duas jovem cientistas foram convidadas a mostrar a sua pesquisa na feira INTEL IFEF, em maio desse ano e na Genius Olympiad, de Nova York, em junho.
Na feira de Fenix, a pesquisa ganhou a quarta colocação e na de Nova York ficou em primeiro lugar.
Ágatha e Desireé, com isso, já tiveram de ir duas vezes aos Estados Unidos nesse ano. Estão se tornando cidadãs do mundo.
Ágatha já se formou na escola Liberato e, atualmente, trabalha como estagiária na Brasken, no Polo Petroquímico. Ao mesmo tempo faz o curso de engenharia química na UNISINOS. Sua colega Desireé estuda na UFRGS, mas as duas pretendem dar continuidade à pesquisa sobre dessalinização.
Segundo Ágatha, a pesquisa ainda é muito inicial e precisaria ser muito mais desenvolvida. Mas ela acredita que tem muitas condições de resultar em um método eficaz e econômico de fazer a dessalinização da água do mar, que é uma grande necessidade mundial.
Seja como for, o certo é que Ágatha - com a sua inteligência e perseverança - tem um grande futuro pela frente.
Matéria publicada no jornal Fato Novo, edição de 13 de julho de 2013
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