domingo, 11 de agosto de 2013

2498 - Caiense 80 anos: enchente não era problema, para o seu Helmuth

Antes da Caiense, os ônibus não conseguiam sair do Caí quando havia enchente
No começo havia um obstáculo que era ainda intransponível. Quando ocorria enchente no arroio Cadeia, era impossível passar com o ônibus pela várzea existente logo após a velha ponte de ferro.Em 1935, depois de dois anos de árduos trabalhos, a empresa já prosperava e seu Helmuth tomou uma providência que viria a resolver esse problema. 

Comprou mais um ônibus e, então, quando havia enchente, um dos carros era deixado no armazém de Jacob Klein, logo adiante do arroio. O ônibus levava os passageiros até o Cadeia, que era transposto, então com caícos. Depois, já além da enchente, todo mundo embarcava no ônibus e podia ser continuada a viagem.

Mas não era só a enchente que dificultava a viagem. Seu Helmuth fazia as viagens munido de machado, enxada e picareta. Ferramemtas necessárias para corrigir a estrada em trechos intransitáveis. Muitas vezes, os passageiros tinham de descer do ônibus e ajudar a empurrar.

Nos trechos mais difíceis, os moradores já deixavam os bois preparados para ajudar o ônibus.
Tinha um lugar, adiante da Conceição, chamada de Lomba do Bagaço, onde havia muito barro e o ônibus sempre patinava nos dias de chuva. Júlio Hoff, morador das redondezas, dava segurança para o seu Helmuth: “Pode vir que os bois já esperam cangados”, ele dizia. Quando o ônibus não conseguia subir a lomba, não tinha problema. A parelha de bois dava uma ajuda.(1)

Matéria publicada pelo jornal Fato Novo em 11 de agosto de1983

1. Pode se imaginar o que acontecia. Quando chovia, Júlio já se preparava. Antes da hora do ônibus passarr, ele já ia buscar os bois no pasto e fazia toda a preparação dos animais, deixando-os prontos, ao lado da estrada. Quando o ônibus chegava, poupava-se um bom tempo na operação de salvamento. Comprende-se porque, com tempo chuvoso, a viagem a Porto Alegre levava seis horas.

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