Antes da Caiense, os ônibus não conseguiam sair do Caí quando havia enchente |
Comprou mais um ônibus e, então, quando havia enchente, um dos carros era deixado no armazém de Jacob Klein, logo adiante do arroio. O ônibus levava os passageiros até o Cadeia, que era transposto, então com caícos. Depois, já além da enchente, todo mundo embarcava no ônibus e podia ser continuada a viagem.
Mas não era só a enchente que dificultava a viagem. Seu Helmuth fazia as viagens munido de machado, enxada e picareta. Ferramemtas necessárias para corrigir a estrada em trechos intransitáveis. Muitas vezes, os passageiros tinham de descer do ônibus e ajudar a empurrar.
Nos trechos mais difíceis, os moradores já deixavam os bois preparados para ajudar o ônibus.
Tinha um lugar, adiante da Conceição, chamada de Lomba do Bagaço, onde havia muito barro e o ônibus sempre patinava nos dias de chuva. Júlio Hoff, morador das redondezas, dava segurança para o seu Helmuth: “Pode vir que os bois já esperam cangados”, ele dizia. Quando o ônibus não conseguia subir a lomba, não tinha problema. A parelha de bois dava uma ajuda.(1)
Matéria publicada pelo jornal Fato Novo em 11 de agosto de1983
1. Pode se imaginar o que acontecia. Quando chovia, Júlio já se preparava. Antes da hora do ônibus passarr, ele já ia buscar os bois no pasto e fazia toda a preparação dos animais, deixando-os prontos, ao lado da estrada. Quando o ônibus chegava, poupava-se um bom tempo na operação de salvamento. Comprende-se porque, com tempo chuvoso, a viagem a Porto Alegre levava seis horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário