O reverendo Ernest Bermhoeff realizou um grande sonho, proporcionando educação secundária para milhares de jovens que não tinham condições de frequentar uma escola paga |
Alunos e alunas do Colégio Jacob Renner, uniformizados,
em frente ao prédio da escola, na rua Osvaldo Aranha
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Natural da Alemanha, donde fugiu da perseguição nazista em 1936. Chegando ao Brasil ele dedicou-se ao magistério em Porto União, Santa Catarina. Um ano depois foi para Hamburgo Velho, bairro de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, onde foi diretor e professor na Escola da Comunidade Evangélica.
Ingressou, depois, no Seminário Episcopal, em Porto Alegre (bairro Teresópolis) e trabalhando como professor no Colégio do Sul.
Passou a atuar como pastor na localidade de Santa Rita, no interior do município de Canoas, onde criou uma Escola Rural Reverendo Antõnio M de Fraga, nome do presbítero episcopal que foi fundador da missão da Igreja Episcopal em Montenegro.
No início do ano de 1950, o reverendo Ernest Bermhoeft foi transferido para a comunidade de Montenegro, atuando como pastor no templo que a igreja possuía na rua João Pessoa 1259. Quando completava um ano em Montenegro, o jovem reverendo vendeu a casa pastoral da rua João Pessoa para o empresário Nestor Bender, cuja esposa era fiel seguidora da igreja. O dinheiro da venda foi aplicado na compra de outro imóvel: a propriedade do Coronel Amândio Lampert (ex-prefeito de Montenegro, um dos fundadores do jornal O Progresso, falecido em 1949). Um prédio amplo situado no número 1809 da rua Capitão Cruz, em frente à Fundição Hädrich que, com a ajuda da comunidade, foi transformado num templo de aparência modesta, mas suficientemente grande para os cultos da comunidade e com peças sobrando, para servir de residência para o reverendo.
Na semana santa de 1951, morreu Nestor Bender, por afogamento, no rio Cai.
Como Nestor havia sido um homem generoso, dedicado a ações assistenciais, o reverendo resolveu criar, sempre em acordo com os membros da comunidade, um abrigo para carentes que foi denominado Abrigo Nestor Bender, inaugurado em 14 de outubro de 1951.
O trabalho assistencial realizado pelo abrigo logo causou admiração da sociedade montenegrina, que passou a contribuir para a sua manutenção.
Mas Ernesto Bermhoeft voltou seus olhos para a educação. Para mudar a vida da gente humilde que necessitava de caridade, o melhor caminho seria oferecer educação gratuita para as crianças de famílias pobres.
Ocorreu, então o fechamento do grupo escolar do bairro Ferroviário e o pároco da Igreja Episcopal do Espírito Santo resolveu enfrentar o problema criando, em 2 de julho de 1952, a Escola Primária Cruzeiro do Sul, na rua Santa Terezinha, nº 96, na casa de Henrique Siqueira, um entusiástico colaborador das causas sociais da igreja. Ele mesmo fez as obras na casa para adapatá-la ao uso como escola.
Desde 1951 a paróquia havia fundado uma sociedade mantenedora, para administrar o asilo. Era uma exigência para o recebimento de verbas do governo. A mesma serviu para a escola primária e, depois, para o educandário Jacob Renner. O primeiro presidente da sociedade mantenedora foi Osmar Martins da Silva.
Como líder maior da comunidade, o reverendo Ernst (Ernesto) já em 1953 começou a propor a criação de um ginásio gratuito. O ginásio, na época, era o curso de quatro anos que sucedia o ensino primário, de cinco anos.
No dia 17 de novembro de 1953, o reverendo convidou pessoas de destaque na sociedade montenegrina para participar de uma reunião na qual foi lançada oficialmente a proposta de criação do colégio gratuito. Na reunião, foi proposto, pelo doutor Oscar Dietrich que uma comissão fosse formada, para ir até a Câmara de Vereadores (que estava reunida naquele momento) para solicitar um auxílio para a criação do colégio. Foi logo constituída a comissão (Coronel Ernani Ferraz Machado, Oscar Dietrich, Carlos Lourival Lampert e Francisco Aigner). Enquanto isso, a reunião prosseguia, sendo relatado que a entidade mantenedora já havia tratado a compra de um imóvel adequado para o início do futuro ginásio.
O imóvel seria pago com uma entrada, de Cr$ 50.000,00 (50 mil cruzeiros) e saldo em 40 meses. Seria contraído um empréstimo na Caixa Econômica para pagar as prestações. Outra decisão a ser tomada na reunião seria quanto ao nome a ser dado ao novo educandário.
O médico Paulo Ribeiro Campos, precisou sair para atender a um compromisso urgente, deixando na mesa uma contribuição de mil cruzeiros e sugerindo o nome de Vera Cruz para o ginásio. Outro nome sugerido para o ginásio foi Montenegro.
Continua na postagem 2405
Fotos do acervo de Romélio Oliveira, dados extraídos de depoimento
de Ernest J. Bermhoeff publicado em Montenegro de Ontem e de Hoje, ano 1982
o melhor de nós efetuado com o maior esforço possivel E NÃO RECONHECIDO , desse empenho , DEUS se agrada ! mas, nunca de quem fez essa pubicação TÃO INJUSTA ! Nem por isso e muito mais POR ISSO seguir ! Lamento lhe dizer , SENHOR Renato Klein o quanto desconhece da , verdadeira ! história do Colégio e Escola Normal Jabob Renner ,Com respeito e TOTAL INDIGNAÇÃO !!! lilian bauer fischer
ResponderExcluirLílian Bauer Fischer, poderias, por favor, me passar mais publicações sobreo Colégio Jacob Renner e Rev.Ernest? Eles fazem parte da minha história também, como a de muitos montenegrinos,como eu. Grata. Abraço.
ExcluirEncontrei este documento-tdzlhdl, por a ASO. Eu ignorava que a casa de tio Henrique Siqueira, fazia parte da história do Colégio Jacob Renner. Gostaria de saber mais, já que daí de Montenegro em 1960.
ResponderExcluirCorreção : documento-tesouro, por acaso.
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