segunda-feira, 12 de agosto de 2013

2513 - A última sessão de cinema no Caí



O velho Cine Aloma terminou em 1983 e passou a ser alugado 
para estabelecimentos comerciais

Depois que o cinema terminou, o prédio do Cine Aloma foi alugado para
os supermercados Poko Preço e Agliardi.  Atualmente está instalada nele
uma loja da rede 3 Passos





Seu Helmuth Blauth foi o caiense que mais fez pelo cinema no Caí. Era um homem de fé, que fez a cidade progredir quando outros a abandonavam em busca de progresso em outros lugares. Ele fez o Cine Aloma. O maior e melhor que o Caí já teve e conhecia, como ninguém, a história do cinema na cidade. 
No fim da vida, entretanto, ele viu fechar o seu Cine Aloma e pensou que nunca mais o Cai voltaria a ter um cinema.
Em entreveista ao Fato Novo, em Agosto de 1982.
Na sua edição de 11 de agosto daquele ano, o fato novo estampou uma triste manchete: 
O Cine Brasil Fechou - Não teremos mais cinema no Cai. Eis o teor dessa matéria:

O Caí não tem mais cinema e, provavelmente, nunca mais voltará a ter. Esta é a previsão de Helmuth Blauth, uma pessoa que, sem dúvida, entende da matéria como ninguém mais na cidade. 
Seu Helmuth é o proprietário do prédio onde funciona o Cine Brasil, em pleno centro da cidade.  O prédio estava alugado para Antônio Gentil de Souza há um ano e este o havia dinamizado, chegando a promover sessões diárias e a efetuar e a efetuar a projeção de algumas películas de grande destaque. Fazia propaganda de rua, com auto falante e nos jornais da região mas, mesmo assim, a frequência do público parecia ser insuficiente para cobrir as despesas do negócio.
O aluguel de quarenta mil cruzeiros mensais, segundo afirma seu Helmuth, estava atrasado há seis meses. Em vista disto, resolveu não renovar o contrato. Diz ele que só tem se incomodado com o cinema e pretende agora alugar o prédio para um supermercado ou loja. Segundo informação colhida na última terça-feira, existem três interessados na compra ou locação do prédio. Duas redes de supermercados e um de lojas.

Matéria publicada no jornal Fato Novo em 11 de agosto de 1983

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