terça-feira, 13 de agosto de 2013

2514 - A história do cinema no Caí, segundo Helmuth Blauth

O empresário Helmuth Blauth tocava violino e, quando jovem, fez parte do grupo musical que fazia o acompanhamento nos filmes mudos do cinema de Otto Weber
O Cine Gaúcho foi o quarto a funcionar na cidade. Suas paredes eram de 
madeira e, por um erro de construção eram pendidas para um lado. 
Na foto acima, a parede do prédio, comparada com o tronco da palmeira
existente ao fundo, mostra esse problema















Os caienses lamentarão, sem dúvida, o fim do seu cinema, embora não o frequentassem muito. Todos têm lembrança dos tempos em que o cinema era uma grande atração para o povo. Todos guardam belas recordações das fitas que assistiram na infância e que os fizeram sonhar.

Ninguém mais, talvez, que o próprio seu Helmuth. Ele lembra quando, em 1 916, surgiu o primeiro cinema no Caí, criado pelo doutor Mamede Borges. Em 1918, o próprio pai do seu Helmuth, Carlos Edmundo Blauth, abriu um segundo cinema na cidade, o qual pouco durou em vista do falecimento do proprietário. 

Anos depois, surgiu o cinema do seu Otto Weber, no prédio recentemente demolido, ao lado da Casa Adam, onde atualmente está sendo construído um edifício.(1)

Seu Helmuth foi muito ligado, também, a esse cinema, uma vez que tocou, por vários anos, na orquestra que fazia o acompanhamento dos filmes mudos da época.

Depois disso surgiu o cine Gaúcho, num prédio de madeira situado defronte à casa do Doutor Cassel. Posteriormente demolido, esse prédio teve algumas das suas partes de madeira aproveitadas para fazer o interior do Cine Aloma, solenemente inaugurado em 1950. Durante mais de dez anos, o Aloma foi muito frequentado e constituiu-se num bom negócio para o seu proprietário. Até que, ao longo dos anos 60, a frequência começou a diminuir muito, em consequência da popularização da televisão.

Já com bastante idade e envolvido em outros negócios, seu Helmuth passou a locar o prédio para outras pessoas que exploravam o negócio. Mas, embora o aluguel fosse quase irrisório, tendo em vista as dimensões e a localização do prédio, os locadores tinham dificuldade em pagá-lo e o seu Helmuth tinha sempre aborrecimentos com o negócio.  Chegou, afinal, à conclusão de que uma cidade como o Caí não comporta mais um cinema, tendo em vista que o público interessado nesse tipo de diversão é cada vez menor.

Por isso a ideia de alugar o prédio para ser explorado num outro tipo de atividade.

1. Edifício Galeria Werner

Foto disponibilizada no Facebook por PabloSane Hentz






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