sábado, 24 de agosto de 2013

2580 - Paróquia Evangélica da Confissão Luterana de Feliz






Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Feliz

Sínodo Nordeste Gaúcho
Endereço: Rua Santa Catarina, 795, 95770-000. c.p. 18, 95770-000
Feliz - Rio Grande do Sul.

Colônia
A colônia foi denominada originalmente de Santa Catarina da Feliz. Suas terras foram medidas em 1846 visando à extensão da colônia de São Leopoldo. A primeira colonização aconteceu entre 1850 e 1855. Em 1853 a colônia já contava com cerca de 80 a 90 famílias[1].



[1] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 107; AEDB, 1878, p. 46; Max DEDEKIND, Die geschichtlichen und statistischen Vermerke über deutschen evang. Gemeinde in Südamerika, p. 50.

Procedência dos imigrantes
Os primeiros colonos vieram de Baumschneiss, Bom Jardim (atual Ivoti). Eles e novos imigrantes se estabeleceram à margem direita do Caí, em Santa Catarina da Feliz[1]. Dos novos imigrantes, a maioria era originária da Renânia, como, por exemplo, as famílias Flach, Rauber, Friedrichs, Kolpary, Better, Scherer, Spohn[2].



[1] Cf. Max DEDEKIND, Die geschichtlichen und statistischen Vermerke über deutschen evang. Gemeinde in Südamerika, p. 50.
[2] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 107.

História
Inicialmente a comunidade foi assistida pelos pastores não ordenados Weber e Döbber. Em 1870, sob o comando do Pastor Borchard, a comunidade foi organizada como filial de Forromecco[1]
Logo depois da chegada do P. Peters, a comunidade quase se dividiu entre Baixo e Alto Feliz. Os cultos eram realizados a cada seis semanas. Inicialmente o Pastor Peters assistia também Porto Guimarães, em Caí, hoje São Sebastião do Caí. Depois a comunidade se uniu com Porto Laranjeira (hoje, Montenegro) e Maratá[2].
O Pastor Peters também prestava assistência médica na comunidade, sem receber nada por isso. Com sua morte, o Pastor Kunert assumiu a comunidade, buscando organizar a mesma. Ele também se tornou um “médico” bastante querido e requisitado[3].
Em 1896 a comunidade de Feliz se tornou independente, compreendendo Alto Feliz (60 famílias, totalizando 420 pessoas), Feliz (25 famílias, totalizando 175 pessoas) e Tabackstal (53 famílias, totalizando 371 pessoas). Por volta desta época o salário do pastor era de 1.200 Milréis, além de 400 Milréis de emolumentos e 600 Milréis para a escola[4].
Desde 9 de abril de 1906, ela passou a fazer parte da Igreja Territorial Evangélica da Prússia[5].
Em 1908, o salário do pastor era de 1.710 Milréis. Cada família-membro contribuía com 14 Milréis por ano. Em 17 de maio de 1909, o Pastor Kunert sofreu um derrame cerebral. Como sucessor, foi eleito o Pastor Licenciado Thieme, mais tarde sucedido pelo Pastor Heinrich. 
Por volta de 1912, a comunidade era composta por cerca de 150 famílias, somando cerca de 1.150 pessoas. Em 1926, a paróquia, incluindo os membros de Badenserberg e Alto Feliz, contava com 204 famílias e 1.667 pessoas. 
Neste ano, foram realizados 46 batismos, 25 casamentos, 18 sepultamentos, 45 confirmações. 776 comungantes participaram da ceia[6]. A comunidade de Feliz sozinha, contava, no referido ano, com 175 famílias, totalizando 950 pessoas. Neste ano foram realizados 52 batismos, 9 casamentos, 9 sepultamentos, 29 confirmações e 601 pessoas comungaram a Santa Ceia[7].



[1] Cf. Max DEDEKIND, 75 Jahre deutsch-evangelischer Diasporaabeit in Nord u. Südamerika, p. 36.
[2] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 107; Max DEDEKIND, 75 Jahre deutsch-evangelischer Diasporaabeit in Nord u. Südamerika, p. 36.
[3] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 108.
[4] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 109.
[5] Cf. Max DEDEKIND, 75 Jahre deutsch-evangelischer Diasporaabeit in Nord u. Südamerika, p. 36. Segundo Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 108, a filiação à igreja prussiana só se deu em 1907.
[6] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 109; Max DEDEKIND, 75 Jahre deutsch-evangelischer Diasporaabeit in Nord u. Südamerika, p. 36.
[7] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 110.

Obreiros/as

( 3 de setembro de 189 - 1918 ) FALK, Heinrich Eduard 
( 12/06/1921 - 1925 ) HOLDER, Georg 
( 16 de abril de 1896 - 1 de outubro de 1899 ) KLASING, Friedrich Heinrich 
( 1930 - 1937 ) PASSMANN, Hans 
( 1888 - 1921 ) REMDE, H. Observação: Atuou como professor e pastor.
( 1919 - 1920 ) WEIDEMANN, Georg 
( ???? - ???? ) LECKE, Georg Observação: Atuou em Feliz/São Sebastião do Caí.

Templos
Em 1871, a comunidade de Feliz contava com uma pequena igreja, que havia sido consagrada em 26 de novembro de 1876[1]. Na pedra fundamental da igreja de Feliz encontravam-se os seguintes dizeres: “no ano de 1874, os pais de Feliz, que já se encontram descansando, construíram, esta igreja”. Em 1899 ela foi reformada. Como o campanário dos sinos já estava comprometido, decidiu-se contruir uma torre, recebendo, para tanto, auxílio da Obra Gustavo Adolfo da Alemanha[2].
No dia 26 de novembro de 1911, foi celebrada a reconstrução do templo. O templo antigo não possuia ainda torre e sinos, visto que naquela época (imperial) qualquer evidência exterior nos templos que remetesse à identidade evangélica estava proibida (veja nota no final dessa postagem). O telhado do templo antigo foi levantado, o interior foi decorado e, na sua frente, foi colocada a torre[fonte].
"Der Deutsche Ansiedler" de janeiro-março de 1923 menciona que a então comunidade Alto Feliz inaugurou seu templo no dia 12 de novembro. A construção somou 16 500 Milreis, quantia que foi paga por doações advindas da própria comunidade[fonte].



[1] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 107.
[2] Cf. GUSTAV ADOLF-KINDERGABE, Kirchen und Kapellen, p. 9.

Torres
Em 1909 foi consagrada a torre da igreja[1]. O trabalho para a construção da torre ficou sob a responsabilidade do já conhecido Lorenzo Della-Barba, pelo valor de 3.500 Mil reis. A torre medirá 69 pés de altura[fonte]. O dia da consagração da torre é 26 de novembro de 1911', CAPTION, 'Fonte', BELOW, RIGHT);" onmouseout="return nd();">[fonte].



[1] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 109.
Sinos
A torre da igreja consagrada em 1909 possuía dois sinos[1].



[1] Cf. Ferdinand SCHRÖDER, Brasilien und Wittenberg, p. 109.

Nota da editoria do Histórias do Vale do Caí: 
No tempo do império, a igreja católica era a oficial e outras eram proibidas. Como era impossível forçar os imigrantes a mudar de religião (eles não viriam se essa condição lhes fosse imposta e o império desejava a sua vinda) era tolerado o culto luterano e até a construção de templos, contanto que eles fossem realizados em prédios comuns, sem uma ostentação da sua condição de igreja não católica.  
Já naquela época, no Brasil, tolerava-se o que não era legal.

Texto do site da comunidade, fotos do mesmo site e do Studyo 
10 Identidade Visual

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