Os blocos de carnaval eram o forte do Clube Chimarrão |
O Clube Chimarrão, que fundiu-se ao Clube 7 de Setembro, para formar o atual Clube do Comércio, desempenhou um bonito papel na história dos clubes sociais de Montenegro.
Numa época em que havia grande desconfiança e até hostilidade entre os montenegrinos de origem alemã e os de origem lusa, o Chimarrão surgiu de uma reunião de amigos de ambas as origens.
Ele surgiu em 1923 - poucos anos depois dos graves confrontos entre lusos e germânicos ocorridos ao final da Primeira Guerra Mundial - na casa do doutor Antônio Moojen. Certamente um descendente do médico inglês John Georg Moojen. Ele não era de origem alemã, embora que seus antepassados, pelo lado paterno, eram naturais da Holanda (país muito próximo e culturalmente assemelhado à Alemanha). Ele era dentista e casado com Honorina de Azevedo (Nina). Era conhecido como seu Antonico. Trabalhou como dentista por 51 anos initerruptos (sem tirar férias) e não cobrava dos pobres. Era muito comunicativo e tinha forte inclinação para a poesia. Era bom repentista e a todos que o encontravam na rua, brindava com improvisos rimados, sempre adaptados à situação e pessoa que encontrava.
Gaúcho autêntico (nasceu em Vacaria e veio para Montenegro, com os pais, aos 13 anos de idade) ele tomava chimarrão o dia inteiro.
Foi antes do carnaval que ele resolveu fundar o Bloco do Chimarrão, que depois se transformou no Clube Chimarrão.
Os mais destacados membros do bloco eram, além dele, Júlio e Jorge de Souza Moraes, Waldemar Jacques Zietlow, Gemano de Souza Feldmann, Ruben Júlio Zietlow e Max Epstein. Como se vê, o descendente de um inglês/holandês fundou um bloco que unia lusos e alemães.
Foto do acervo de Romélio Oliveira
renato,sempre dando show de informaçoes e comentario.bota jornalista nisso,abraço romelio
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