As carrocerias Elisiário foram predominantes na história da Caiense |
Desde o fim do século XIX, o transporte de cargas e passageiros entre o Caí e Porto Alegre era feito pelo rio, através de vapores e gasolinas.
Ainda no início do século XX (em 1910), foi construída a estrada de ferro que, entretanto, não passava pela cidade do Caí, mas apenas pelas localidades de Capela de Santana E Pareci Velho.
Em virtude disso, desenvolveu-se o transporte por diligência ligando a próspera cidade de São Sebastião do Caí àquelas duas localidades, onde os passageiros podiam o trem para Porto Alegre. Esta era uma maneira bem mais rápida para viajar para a capital. A linha entre Capela E Caí foi explorada por José Weingarten e Gustavo Konrad. A de Pareci ao Caí, por João Coelho, o qual além de passageiros, transportava diariamente as malas do correio.
Pelo fim da década de 1920, surgiram os primeiros ônibus que foram utilizados em substituição às tradicionais diligências. Leopoldo Hondorf fez a linha entre Caí e Estação Pareci, José Weingarten, sucedido pelo seu filho de mesmo nome, chegou a colocar, também, um ônibus na linha entre Caí e Capela.
Pelo início da década de 1930, surgiu a primeira linha de õnibus que ligava diretamene O Caí a Porto Alegre. Ela foi estabelecida por Emílio Noschang, um motorista de taxi do Caí, que era maneta, em sociedade com um portoalegrense de nome Abel. A linha funcionava um tanto precariamente, devido à má qualidade da estrada e do próprio veículo utilizado. Em dias de chuva, quando a estrada se tornava mais difícil de trafegar, o ônibus não fazia a linha.
Surgiu, em seguida, outro ônibus: um carro verde que tinha o nome de Flor do Caí e era pilotado por Afonso e Egon Haas. Entrando num acordo com Noschang e Abel, os irmãos Haas faziam a viagem num dia e os outros no outro.
Helmuth tinha, por essa época, o seu bar localizado na esquina em que, hoje, se encontra a Casa Adam. Resolveu, então, entrar no negócio dos ônibus. Comprou um chassis e a carroceria mandou fazer na carpintaria do seu cunhado Walter Damian, localizada no Caí, na casa onde hoje mora o seu seu Nestor Wasen.(1)
Matéria publicada no jornal Fato Novo em 13 de agosto de 1983
1. Na esquina das ruas General Osório e Coronel Paulino Teixeira
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