Pontes como a da Volta do Barreto, no rio Taquari, eram estratégicas
nas revoluções ocorridas no início do século XX
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Em 1930, reservistas do Tiro de Guerra número 87, de Montenegro, guarneceram a ponte ferroviária do rio Taquari, para evitar que ela fosse tomada ou destruída pelos inimigos |
O trem que ia de Porto Alegre a Uruguaiana ou a Caxias do Sul e Bento Gonçalves passava pelo rio Caí na Ponte da Mariazinha, que tinha esse nome porque, ao lado dela, existia o Morro da Mariazinha. Local bem próximo à cidade de Montenegro. Pouco depois da ponte, o trem chegava à grande estação ferroviária de Montenegro.
Mais adiante, indo para o centro e oeste do estado, o trem passava por sobre o rio Taquari, na localidade conhecida como Volta do Barreto. Essas fotos foram publicadas num livro que abordava a Revolução de 1930, com fotos da época. A ponte teve importância na revolução porque ela precisava ser conquistada. Se o inimigo atacasse com tropas transportadas pela ferrovia, seria necessário dinamitá-la para impedir o ataque. Por outro lado, se as forças locais pretendessem atacar outros países (ou estados, como aconteceu em 1930) era necessário guarnecê-las, para evitar que o inimigo a explodisse.
Quando os gaúchos liderados por Getúlio Vargas tomaram o poder no Rio de Janeiro, usaram o trem para o transporte de tropas. Antes do ataque, um grupamento de reservistas do Tiro de Guerra número 87 montou guarda na ponte sobre o rio Taquari.
Cidades como o Caí e Montenegro contavam com quartéis do Tiro de Guerra, nos quais os jovens recebiam treinamento militar. Isso acontecia nos finais de semana e num período mais longo no qual eles ficavam aquartelados. Depois disto, esses homens se tornavam reservistas e podiam ser convocados em caso de guerra. Ou de revolução, como aconteceu em 1930.
Fotos do acervo de Egon Arnoni Schaeffer
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