quinta-feira, 31 de outubro de 2013

2989 - No tempo em que não havia supermercado


Os ferroviários de Montenegro eram numerosos e contavam com uma 
cooperativa na qual podiam comprar produtos a preços mais baixos
Na frente da velha estação ferroviária de Montenegro, do outro lado da avenida Osvaldo Aranha, ainda se encontra o prédio no qual funcionou a Cooperativa dos Funcionários da Viação Férrea do Rio Grande do Sul. Esse nome ainda está inscrito, em relevo, na fachada do prédio.
Era uma cooperativa de consumo. Ou seja, a cooperativa comprava produtos em grande quantidade, direto do produtor, conseguindo, assim, preços menores.  Dessa forma, ela podia revender os produtos para os ferroviários a  preço mais acessível que nos estabelecimentos comerciais da época.
Esse tipo de cooperativa era muito comum na primeira metade do século XIX, mas acabou desaparecendo (ou quase) devido ao surgimento de um novo fenômeno comercial: o supermercado.
O primeiro grande supermercado a surgir no estado foi a empresa Leal Santos, em Pelotas. Foi criado pela família do empresário Joaquim Oliveira, lendário comerciante pelotense, no ano de 1952.
Joaquim Oliveira era português e veio para o Brasil aos 12 anos de idade. Criou um império comercial e tornou-se uma legenda (hoje se diria um case de sucesso) entre os comerciantes gaúchos. Conta-se que ele, certa vez, comprou um vagão de trem inteiro carregado de bolinhas de vidro. Conseguiu, com isso, um preço unitário extremamente baixo e revendeu o produto com excelente lucro.
O primeiro supermercado foi aberto um ano depois da morte desse grande comerciante, pelos seus descendentes. Surgiu daí a rede de supermercados Real, que foi a maior do estado por muitas décadas. 

Foto do acervo de Egon Arnoni Schaeffer



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